23 anos de prisão para comandante que (bêbado) matou o subordinado

23 anos de prisão para comandante que (bêbado) matou o subordinado
João Lourenço Neto Jr., à data dos factos comandante da Polícia Nacional no Distrito do Patriota (Luanda), apontado como autor dos disparos que vitimaram mortalmente um agente e deixaram outros dois feridos, foi condenado, hoje, a 23 anos de prisão pelo Tribunal Supremo Militar
*Romão Brandão*
O juiz, Mateus Rúben, do Tribunal Supremo Militar, leu ontem o acórdão que condenou, João Lourenço Neto Jr., a 23 anos de prisão, expulsão das fileiras da Polícia Nacional e dois milhões de Kwanzas de indemnização aos familiares da vítima mortal, bem como 400 mil Kwanzas a cada um dos feridos e de 65.340 Kz para os danos provocados a uma outra viatura no local.
A sentença, lida na sala de julgamento do Instituto de Ciências Policiais e Criminais “Osvaldo Serra Van-Dúnem”, ficou marcada com choros por parte dos familiares de Fernando António, o polícia que morreu no local, bem como manifestação de descontentamento por parte dos familiares do réu, que acham não ter sido feita a justiça, pois acham que o seu familiar é inocente.
A inocência de João Lourenço Neto Jr., quanto a este caso, não ficou provada, pois os 19 quesitos produzidos mostram claramente que o réu cometeu os três crimes de violência contra inferiores de que foi pronunciado. Foi o réu quem fez os disparos que atingiram a cabeça, pescoço e tronco de Fernando António e provocou a sua morte imediata, no dia 13 de Março de 2017.