Carta do leitor:O outro perigo nas estradas

Carta do leitor:O outro perigo nas estradas

Amigo director, Parece que alguns elementos do nosso Governo não querem cuidar do bem-estar das pessoas. Os negócios que aparecem em todo o lado, sem cuidados, também ajudam os cidadãos a ficarem preguiçosos e sem saberem dos riscos para a sua própria vida. Mas eu acho que isto é porque a fiscalização e as autoridades sanitárias permitem tudo.

POR: José Manjonji

Não vale vir dizer que também não se pode tirar o ganha-pão das pessoas, que alguns negócios sustentam muita gente. Se é negócio como a venda de recargas, ainda vai, não coloca a saúde de ninguém em perigo, mas aquilo que vemos nas ruas de Luanda, nos bairros, é muito perigoso.

Não sei se os técnicos da Saúde já se deram conta de que nas lojas dos mamadus eles também dormem e cozinham lá dentro. Falo dos da Saúde, porque os fiscaias só vão lá apara receber a “micha” e os olhos deles ficam cegos. Nas ruas que não estão asfaltadas, como aquela que sai da Estrada do Camama, atrás do projecto Nova Vida, e que vai dar na parte de trás do Jardim do Edem, aí é um perigo, até altas horas da noite tem bares abertos e gente a vender comida, cozinhada ou assada mesmo na rua, com carros a passar, tudo cheio de poeira. Depois vão dizer outra vez que é doença desconhecida.

Lá perto tem supermercados que até podem ser mais caros, mas comprar carne que apanha com poeira e com moscas? É por causa do preço ou é porque está mais perto? As pessoas deviam ser instruídas a ir mais longe se é necessário para proteger a sua saúde. Aquilo é um perigo. Perigo nas estradas não é só atropelamento ou acidente entre veículos, é também aquilo que se vende e que as pessoas consomem.

Carne que fica aí o dia todo sem gelo, por exemplo. Mesmo que seja para não estragar o ganha-pão das pessoas, porque emprego está difícil e cada um tem que se arranjar com o seu negócio, é preciso instruir bem o cidadão que vende e o cidadão que compra para cuida bem dos produtos e proteger a sua saúde. Os camaradas têm que trabalhar mais para corrigir o que está mal.