Fábrica de ração para Tilápia adiada para Janeiro de 2018

Fábrica de ração para Tilápia adiada para Janeiro de 2018

Falta de desbloqueamento de dinheiro por parte do banco financiador, ausência dos técnicos expatriados, que estão em gozo de férias colectivas, adiaram o início dos trabalhos na fábrica de ração, fez saber Florêncio Conceição, gestor do projecto

Por: Miguel Kitari

Inicialmente prevista para este mês de Dezembro, a implementação da fábrica de ração para Tilápia e aves acontece apenas no final de Janeiro de 2018. O facto de o financiamento não ter sido disponibilizado a tempo condicionou o arranque.

“Está tudo assegurado para que nada falhe em Janeiro, pois trata-se de um projecto aprovado a vários níveis. Precisamos apenas cumprir formalidades burocráticas”, disse Florêncio Conceição, gestor do projecto.

Acrescentou que, os parceiros estrangeiros, dentre eles técnicos, estão ausentes do país em gozo de férias colectivas, uma vez que foram passar a quadra festiva junto das suas famílias. Entretanto, assegura que a limpeza da área já começou, faltando apenas a instalação dos equipamentos.

A capacidade instalada de produção de cacusso ronda os 130 mil toneladas por mês, com perspectiva de subir, quando atingir a sua plenitude, de acordo com as necessidades do mercado, como sublinha Florêncio Conceição.

A unidade fabril vai atenuar a taxa de necessidade da ração no processo de produção de cacusso, que representa 70 por cento dos custos do investimento, avançou recentemente o gestor, à margem do 11º workshop sobre “Produção de Cacusso como oportunidade de Negócio, promovido pela Sociedade de Desenvolvimento do pólo AgroIndustrial de Capanda.

Na mesma ocasião, o supervisor da área de produção de cacusso, João Domingos dos Santos, explica como se processa todo o percurso da criação até chegar ao consumidor final.

O director provincial da Agricultura em Malanje, Carlos Chipoia, referiu que apesar do desafio da necessidade da ração, produto fundamental para desenvolver a produção de cacusso, apela aos investidores a fazerem prospecção do mercado, de modo a identificar as reais potencialidades da região. De modo geral, o governante garante que a província dispõe de condições objectivas necessárias para o sector do agro-negócio e incentivos fiscais atractivos, bem como a facilitação de expedientes administrativos.

Caracterizado como “Projecto acelerador da diversificação económica”, a Sociedade de Desenvolvimento do Pólo AgroIndustrial de Capanda foi instituído pelo Governo em 2007, numa área total de 411 mil hectares, para dinamizar o agronegócio.