Produtores de tomate na Huíla registam prejuízos por falta de conservação

Produtores de tomate na Huíla registam prejuízos por falta de conservação

Os agricultores da província solicitam a conclusão da fábrica de concentrado de tomate da Matala, cujas obras estão condicionadas por falta de dinheiro, há 10 anos.

POR: João Katombela, na Huíla

A inoperância de fábrica de concentrado de tomate localizada na comuna de Capelongo, município da Matala, província da Huíla, está a contribuir para o fraco desenvolvimento económico da região. Os agricultores do perímetro irrigado da Matala, que se dedicam maioritariamente à produção de tomate, afirmam que o facto está a fazer com que se percam grandes quantidades do produto todos os anos, por falta de condições para conservação.

Esta unidade fabril, cujas obras foram interrompidas em 1980, beneficiou de uma reabilitação em Novembro de 2009, ano em que deveria ter sido inaugurada, mas não aconteceu por causa da crise que se instalou no país, como avançaram ao OPAÍS, os responsáveis da fábrica. Para se inverter o quadro e impulsionar o desenvolvimento económico da região, o Presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Matala, disse ser urgente a conclusão da unidade agro-industrial.

“É uma obra que deve ser terminada em 2009, mas devido à situação que o país tem estado a viver, muitos dos equipamentos que seriam instalados na fábrica para o seu normal funcionamento não chegaram devido às grandes dificuldades cambiais. Pensamos que logo que a situação se regularize, será uma fábrica muito importante para os agricultores na transformação dos seus produtos, com realce para o tomate”, adiantou.

Entretanto, a ser concluída, a única unidade de processamento e transformação de produtos do campo, com destaque para o tomate, terá uma capacidade produtiva de 12 mil toneladas por ano. Com uma área de 9 mil quilómetros quadrados, o município da Matala, é tido como um dos pólos de desenvolvimento da província da província da Huíla, que de acordo com o último censo, possui uma população estimada em 243.938 habitantes, cuja maior parte dedica- se à agricultura, criação de gado, pesca, sendo que uma ínfima parte desta, são da função pública.