Fundações europeias disponibilizam formação para africanos em gestão de ciências

Fundações europeias disponibilizam formação para africanos em gestão de ciências

Especialistas angolanos podem participar no início do próximo ano num curso em gestão em ciências que decorre em Lisboa com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da gestão e coordenação da investigação.

O curso é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação La Caixa, com o apoio do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça, em Moçambique e do Instituto de Saúde Global de Barcelona. O curso aborda questões transversais, fundamentais para o reforço das capacidades científicas das instituições de pesquisa africanas. É dirigido a investigadores e/ou gestores de instituições de investigação públicas ou privadas, na área da Saúde, designadamente directores científicos, coordenadores e gestores de programas.

Os objectivos específicos do curso são, nomeadamente, a promoção e desenvolvimento de competências de liderança e de gestão em ciência e tecnologia, inovação e translação do conhecimento, tendo em conta as actuais tendências e as realidades da investigação em saúde global; assim como desenvolver capacidades de realizar planeamento estratégico, tendo em conta as dinâmicas de financiamento, analisar os diferentes modelos de comportamento organizacional e promover a responsabilização, transparência e comunicação eficiente entre os parceiros da investigação.

A investigação na área da saúde, em África, pela sua relevância no panorama internacional, tem tido um apoio crescente nas últimas duas décadas. Este apoio tem levado a avanços indiscutíveis das capacidades na matéria neste continente, evidenciado na qualidade dos seus pesquisadores. O curso tem a duração de duas semanas, em períodos distintos, e será realizado em Lisboa (nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian) de 5 a 9 de Fevereiro 2018; Barcelona (nas instalações da Fundação la Caixa), de 10 a 14 de Setembro de 2018. O curso será realizado em língua portuguesa e em língua inglesa e combina diversos métodos de ensino: palestras, painéis de discussão, debates, estudos de caso e trabalhos práticos em grupos.

Os participantes terão uma avaliação final, destinada a analisar se os objectivos da aprendizagem foram atingidos. Podem candidatar-se a este concurso, nacionais de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa que trabalham actualmente numa instituição de investigação na área da saúde. Os candidatos devem cumprir como requisitos prévios ter um mínimo de 5 anos de experiência profissional numa instituição de investigação em saúde, como gestores ou investigadores; ter idade inferior a 50 anos; ter uma carta de apoio à frequência do curso do director da instituição onde trabalha.