Cuanza-Sul vai contar com três novas fábricas de água

De iniciativa privada, os projectos de produção de água de mesa já mereceram aprovação da Direcção Provincial do Cuanza- Sul. No total, a província conta agora com 239 unidades industriais.

POR: Patrícia de Oliveira

Apesar das dificuldades na aquisição de divisas para importação de matérias- primas, a província do Cuanza-Sul regista um aumento para 239 indústrias, contra as 219 anteriores, fez saber o director provincial Honorato Kondjasili. Para já, o responsável anunciou o surgimento de três novas fábricas de água de mesa, que serão instaladas nos municípios do Sumbe e do Porto Amboím.

Trata-se das empresas Beba, cujo investimento está na ordem de USD 770 mil, Vida Longa, com USD 820 mil e Millkappas com Kz 1.835.278, esta última já gerou 67 postos de trabalho. Uma quarta empresa, a Águas das Cachoeiras, ainda em fase de construção, investiu USD 460 mil naquela localidade, tendo gerado 55 novos empregos. Com a entrada em funcionamento das três fábricas, a província contará com cinco unidades de produção de água de mesa.

Geologia e Minas em crescimento

Este ano está previsto o surgimento de novas unidades, com destaque para uma fábrica de exploração de calcário que pretende atingir os mercados da Ásia e da Europa. O sector da Indústria e Geologia e Minas na província de Cuanza- Sul registou um crescimento no ano transacto, tendo em conta o surgimento de novas unidades em diversos sectores. Segundo o director provincial, Honorato Kondjasili, o sector que dirige encerrou 2017 com balanço positivo. Todavia, acautela que “quando se fala do sector da Indústria não se trata apenas do sub-sector da transformação, mas também da extractiva”, vincou.

Prosseguiu, justificando que “os resultados foram satisfatórios, pois, em termos de produção, registou- se estabilidade. Houve também uma ligeira melhoria na arrecadacção de receitas para os cofres do Estado”, realçou. Disse ainda que o sector que dirige teve baixa com a paralisação da fábrica de cimento KFS por falta de combustível, mas neste momento o problema foi resolvido, pelo que retoma a sua actividade no mês de Fevereiro próximo.Por outro lado, houve a inauguração de uma fábrica que extrai calcário que é um produto que no ramo das rochas ornamentais possui menor valor, porém, a aposta da empresa consiste em trazer o produto para o mercado, sendo a aceitação medida pelo nível de solicitações para aquisição desse minério.

A segunda fase do projecto está prevista para o presente ano, projecto esse que vai transformar e comercializar o minério com o objectivo de fazer crescer a empresa. No que toca à indústria transformadora, o sector controla 222 fábricas, que contribuíram para os cofres do Estado com cerca de Kz 15 milhões através dos impostos, emolumentos e taxas, enquanto a indústria extractiva conta com 17 empresas, dentre as quais 4 encontram-se em fase de prospecção. As empresas que estão no activo tiveram uma produção 569.932.86 metros cúbicos com uma contribuição para os cofres do Estado de Kz 14 milhões 965 mil 367. Segundo Honorato Kondjasili, os resultados alcançados durante o ano de 2017 foram satisfatórios e em termos de produção registou-se estabilidade, também houve uma ligeira melhoria das receitas para os cofres do Estado. A indústria transformadora está repartida em diversos sectores, nomeadamente a produção agrícola com a produção de cereais, polpa de tomate, água de mesa, lacticínios, ovos, cimento, sumo, gelo, padarias, cerâmica, betão, tectos falsos.

Dificuldade

A principal dificuldade das indústrias prende-se com a degradação das instalações e o estado dos equipamentos, mas as perspectivas para o corrente ano são inúmeras, pelo facto de haver pedidos para a instalação de novas indústrias transformadoras, não obstante os empresários continuarem com a dificuldade na obtenção de divisas. As solicitações são muitas, por exemplo, para grandes indústrias chegam a haver 4 pedidos por mês, enquanto entre as pequenas regista- se 6 solicitações, totalizando 10. As futuras indústrias estão ligadas à produção de conservas, compotas e outros produtos. Nesta altura, a província tem 36 padarias, com destaque para os municípios do Sumbe e Porto Amboím.

Projectos

A província tem projectado o plano de desenvolvimento da indústria em três zonas, designadamente Porto Amboím, onde se pretende instalar o pólo de desenvolvimento industrial com realce para a indústria alimentar, o da Kibala, onde se prevê uma aposta significativa na agricultura e o centro industrial da localidade da Zâmbia (aldeia do município do Amboim), com destaque para a transformação de polpa, ou seja, a transformação de frutas. Na província, o sector da indústria emprega mais de 2.000 pessoas.