Brasil a Bordo: A história de uma companhia área quebrada através da comédia

Brasil a Bordo: A história de uma companhia área quebrada através da comédia

Mais uma série com teor humorístico sai da “pena” de Miguel Fallabela, o actor e encenador brasileiro, que põe em cena a trama “Brasil a Bordo” estreada a 1 de Fevereiro, no canal da Globo. É com este actor com quem OPAÍS conversou em exclusivo, sobre o mote das novas cenas de comédia que reúne 12 episódios.

Como foi o processo de criação do ‘Brasil a Bordo’?

O ‘Brasil a Bordo’ nasce de uma ideia que tive uma vez, a partir de uma frase que me veio à cabeça lendo jornais e assistindo ao noticiário: “o Brasil é um país que só consegue se entender no delírio”. Acho que, há alguns anos, nós todos vimos num voo cego que não se sabe direito onde é que vai dar. Então eu pensei: por que não juntar isso? Contar a história de uma companhia aérea quebrada através da comédia, que eu considero a melhor forma de dizer a verdade às pessoas. Pensei em juntar esse delírio do Brasil, essas incongruências nacionais, com essa companhia aérea que voa sobre uma nação completamente delirante.

Essa família tem alguma relação com as outras famílias que você criou em trabalhos anteriores?

Eu sempre me interessei por personagens que estão à margem. Acho interessante pegar num personagem “marginal” e encharcá-lo de humanidade. As minhas personagens são assim. Essa talvez seja a família mais louca que eu já criei. No ‘Pé na Cova’, era uma família muito afectuosa, mas a família Cavalcanti não é afectuosa, muito pelo contrário: eles são cruéis uns com os outros.

Fale-nos um pouco sobre o dia-a- dia das gravações. Manteve a parceria com a Cininha de Paula e reuniu grandes nomes da televisão para este projecto.

É um elenco escolhido. A grande maioria de nós já trabalhou juntos, nós conhecemo-nos e às nossas peculiaridades, a nossa maneira de trabalhar. Há um real afecto. E acho que, quando há um real afecto, isso vaza para fora, seja no palco, seja na telinha ou na telona. Uma boa relação de coxia e de bastidores acaba encharcando o produto de um real afecto. E nós temos isso aqui.

O que o público pode esperar de ‘Brasil a Bordo’?

Acho que é uma série diferente. Assistam com calma. O primeiro episódio apresenta e depois as coisas vão acontecendo. Tem que ter paciência e escutar.