HGB carece de 20 litros de sangue para 40 transfusões por dia

HGB carece de 20 litros de sangue para 40 transfusões por dia

A área de hemoterapia do Hospital Geral de Benguela (HGB) debate-se com a carência de sangue para satisfazer a demanda de pacientes que acorrem à unidade sanitária.

POR: Constantino Eduardo,
em Benguela

Neste momento, a unidade carece diariamente de 20 litros para 40 transfusões O responsável da área de hemoterapia do HGB, Adelino Domingos, teve o stock do banco de sangue reforçado na manhã de Quinta-feira, 22, com a doação de sangue feita por mais de 500 efectivos do Comando Provincial da Polícia Nacional em Benguela.

Esta actividade enquadra- se nas comemorações do 42º aniversário da corporação, a assinalar-se no dia 28 deste mês. Visivelmente satisfeito pelo gesto, a julgar pelo quadro vigente de necessidades, Adelino Domingos disse acreditar que a acção vá minimizar a carência de sangue no hospital. Revelou, por outro lado, que a unidade sanitária tem uma necessidade de 20 litros de sangue para responder a 40 transfusões por dia, lamentando, deste modo, o número reduzido de voluntários, porém, enaltece a acção de algumas igrejas. “Estamos a trabalhar com dadores familiares e, como sabem, nem todos os que vêm para aqui têm familiares, então o nosso stock está sempre reduzido”, esclarece. O responsável, que antes da doação dispunha apenas de 15 unidades de sangue em stock para atender casos pontuais, revelou que necessitam de pelo menos 40 dadores por dia.

Das mais de 500 doações, apenas 200 serão aproveitadas

“Se tivéssemos este número, teríamos resolvida a questão da falta de sangue no nosso hospital”, disse. Avançou, de seguida, que dos mais de 500 dadores, na prática, aproveitar- se-á somente 200, em função da avaliação feita. “Com 20 litros de sangue por dia, nós podemos salvar a vida a 40 crianças”, pontualiza o responsável, garantindo que, não obstante as dificuldades, não há registo de mortes na unidade sanitária causadas pela falta de sangue. O porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional, superintendente- chefe Pinto Caimbambo, por sua vez, disse que a acção social dos efectivos visa ajudar o Hospital Geral a salvar vidas. “Dar sangue é dar vida. Se dar sangue é dar vidas, não queremos que outras vidas se percam por falta de sangue. Daí a razão de estarmos aqui presentes”, justificou.