Caminhos para a balbúrdia

Caminhos para a balbúrdia

Não sei se é só por falta de quem o faça, não sei se deve ser feito, o que interessa, do meu ponto de vista, é que talvez não esteja ser feito como e por quem deveria ser.

POR: José Kaliengue

Há alguns dias o Sindicato do Jornalistas Angolanos apresentou um estudo, sobre o qual reclama a autoria, sobre o papel da comunicação social angolana ao longo da campanha eleitoral. Foi um estudo meramente quantitativo, quantos minutos os órgãos de rádio e televisão cederam a cada partido, quantas colunas cada jornal cedeu para tratar informação sobre cada partido concorrente. Em primeiro lugar, tenho dúvidas de que para além da defesa dos interesses dos profissionais, o sindicato se deva atribuir este papel de vigilante e policiamento das opções editoriais dos órgãos. Por outro lado, duvido que a mera contagem de minutos ou de linhas apure a qualidade da informação e muito menos o desempenho dos partidos que despoleta a cobertura jornalística. Bastava olhar para os tempos de antena de cada concorrente para rapidamente aferirmos que partidos produziam mais factos noticiosos.