Research Atlantico: Balança comercial regista excedente de mais de sete USD milhões

Research Atlantico: Balança comercial regista excedente de mais de sete USD milhões

A balança comercial no quarto trimestre de 2017 registou um excedente de 7.050,75 milhões USD, que representa um aumento em termos trimestrais de 50,92%

POR: Atlantico

A performance positiva do indicador reflecte o aumento no nível de exportações em 18% no quarto trimestre determinado, fundamentalmente, pelas exportações de petróleo e diamantes. Por outro lado, registou-se no mesmo período a redução das importações em 22%, com destaque para a contracção da aquisição de combustíveis e alimentos. As receitas petrolíferas cresceram 46,1% no mês de Janeiro do ano corrente, fixando-se em 223.535 milhões AOA, com a análise homóloga a revelar incremento de 40%. A performance poderá resultar, por um lado, do aumento do preço do crude nos mercados internacionais tendo atingido 69,05 USD/barril de acordo com dados da Reuters, enquanto as ramas exportadas por Angola fixaram-se em 59,97 USD/barril.

Por outro lado, o crescimento das receitas reflecte o aumento do nível de produção, que cresceu cerca de 2,1% face ao mês anterior. A BODIVA registou negócios no valor de 48 mil milhões AOA em Fevereiro de 2018, que representa aumento de 61% em relação ao total de 30 mil milhões AOA negociado no mês anterior. As negociações registaram incremento em termos homólogos de 360%. Destaca-se a redução em 87% das negociações de Bilhetes do Tesouro e o aumento em 69% das negociações de Obrigações do Tesouro, na análise de Janeiro a Fevereiro de 2018. O registo mensal poderá reflectir, por um lado, a não emissão de dívida pública em Janeiro e, por outro, a emissão extraordinária de Obrigações do Tesouro prevista no Plano Anual de Endividamento para 2018.

O Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2018 aprovado pela Assembleia Nacional, mantém a estimativa de 2,9% de défice fiscal. O Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2018, aprovado pela Assembleia Nacional, mantém a estimativa de 2,9% de défice fiscal. Depois de submetido à discussão e aprovação, pela Assembleia Nacional, com receitas e despesas avaliadas em 9.658,2 mil milhões AOA, o OGE foi reajustado. Entre os ajustes feitos, destaca-se o aumento da dotação inicial aos sectores da Educação, Saúde e Transporte, incrementadas em 0,4%, 0,4% e 0,2%, respectivamente. Paralelamente, a redução das despesas foi mais significativa na rubrica Protecção Social, que contraiu 0,6%.

Espaço Internacional EUA

A balança comercial dos Estado Unidos da América registou défice de 56,6 mil milhões USD no mês de Janeiro, um aumento de 5% face ao mês de Dezembro. O aumento do défice comercial em Janeiro é reflexo da redução das exportações em 2,7 mil milhões USD, comparativamente ao mês de Dezembro e a redução das importações em apenas 100 milhões USD. Destaca-se que é o maior défice registado desde Outubro de 2008.

Zona Euro

As vendas a retalho reduziram 0,1% em Janeiro de 2018, face ao mês anterior. Em termos homólogos registou-se um crescimento de 2,7%. Esse resultado é justificado pela redução nas classe de “alimentos, bebidas e tabacos” em 0,1%, de “produtos não alimentares, excepto os automóveis” em 0,2%, e de “pedidos de correio e internet” em 1,1%.

Canadá

O Banco Central do Canadá decidiu manter inalterada a taxa de juro de referência em 1,25%, na reunião de 7 de Março, devido às incertezas no desenvolvimento das políticas comercias. A possibilidade dos Estados Unidos da América aplicar tarifas a importação do alumínio e aço, de 25% e 10%, respectivamente, tem gerado incerteza nos mercados internacionais. Destaca-se que o Canadá é o principal exportador de alumínio para os EUA e o segundo maior exportador de aço.

Japão

A taxa de desemprego no Japão reduziu para 2,4% em Janeiro, inferior em 0,3 p.p. comparativamente ao nível verificado em Dezembro de 2017. Em termos absolutos, o número de pessoas desempregadas, em Janeiro de 2018, situou-se em 1,59 milhões. A taxa de desemprego no Japão reduziu para o mínimo dos últimos 25 anos, tendo o rácio de empregos disponíveis por candidatos permanecido no nível mais alto desde início de 1970, que se reflecte na necessidade persistente de recrutamento de trabalhadores nas empresas japonesas.