Manifestação pacífica em prol de repatriamento de capitais hoje em Luanda

Manifestação pacífica em prol de repatriamento de capitais hoje em Luanda

Um grupo de cidadãos integrados na denominada Sociedade Civil Organizada, sai esta manhã, à rua, em Luanda, para manifestar-se pacificamente em prol do repatriamento de capitais a favor do Estado angolano

POR: Norberto Sateco

A mesma começará na Avenida Brasil e terminará na Praça da Independência, no Bairro Nelito Soares, vulgo Vila Alice, no município de Luanda. A marcha servirá para exigir ao Executivo que o capital a ser repatriado seja todo destinado aos cofres do Estado, sem beneficiar os seus proprietários, ao contrário do que defendem os Projectos sobre esta matéria, apresentados pelo Governo e pela UNITA, e aprovados no Parlamento.

O grupo, que esta semana divulgou nas redes sociais e na imprensa uma carta aberta com vários subscritores, acredita ser o momento oportuno para pressionar o Governo a ceder às suas exigências. Edson Dias, o rosto visível desta manifestação, assegurou ontem a OPAÍS que todas as condições estão criadas para que a mesma saia sem sobressaltos. Informou que, após esta manifestação, será apresentada nos próximos dias à Assembleia Nacional, uma contra-proposta dos projectos apresentados pelo Governo e pela UNITA. “Esperamos que a nossa contribuição seja válida para a mudança de paradigma”, augura a fonte deste jornal.

Em recente entrevista a O PAÍS, Edson Dias, que falava em nome da Sociedade Civil Organizada, defendia a revisão da proposta de Lei sobre o Repatriamento de Capitais, tendo em conta as possíveis repercussões que a mesma poderia causar à sociedade. Advogou que a totalidade do dinheiro a ser repatriado deve ser destinado ao Estado, em vez de beneficiar os proprietários, pelo facto de ter sido supostamente adquirido de modo fraudulento. Entretanto, para a realização desta manifestação, Edson Dias disse que o grupo que representa enviou ofício ao Governo Provincial de Luanda (GPL) para dar a conhecer, sendo que este tipo de exercício não carece de autorização, segundo a Constituição da República de Angola(CRA) no seu artigo 47.