Marginais matam pai e filho no Balumuca

Marginais matam pai e filho no Balumuca

Um assalto à residência terminou com a morte de duas pessoas, na madrugada de ontem, no município de Cacuaco, bairro Balumuca

Texto de: Stela Kambamba

O chefe de família que em vida se chamou Ndombele António Nzinga, de 55 anos, estava de visita no bairro, porque já não residia em Cacuaco, mas sim na província do Bengo, com a esposa, quando foi surpreendido por três marginais, dois dos quais usavam arma de fogo do tipo AKM, completamente novas.

Segundo conta o cunhado da vítima, António Pedro Camungua, os meliantes tinham como objectivo tirar a vida do filho mais novo do casal, de 25 anos, por razões que desconhecem, mas acabaram assaltando a residência e vitimado mortalmente o pai de família e um outro seu filho, Manuel António Nzinga, de 33 anos.

Quando os meliantes entraram, bateram à porta do anexo da casa, onde dorme o filho mais novo, este ao dar conta que eram bandidos fugiu pelo outro lado da casa e tentou apedrejar os intrusos. Apercebendo-se da sua fuga, os meliantes ameaçavam em voz alta que matariam toda a família caso ele não aparecesse.

“Depois de entrarem na residência, balearam o pai no abdómen, este gritava por socorro. Manuel, o filho, ao ouvir os gritos do pai saiu do seu anexo com a finalidade de acudir ao pai e acabou levando também um tiro, na região da cabeça”, conta.

De seguida os meliantes voltaram a disparar mortalmente contra o pai, tendo os dois perdido a vida no local. Na altura do suposto assalto encontravase em casa o pai (vítima) e a avó da segunda vítima, irmã, sobrinha e netas de dois anos cada. Os filhos viviam num anexo do quintal. Camungua explica que o terror ocorreu na madrugada de Sábado, às duas horas, no bairro do Balumuca, rua da Adadame.

Depois do desastre os vizinhos deslocaram-se até ao posto policial mais próximo e registaram a ocorrência, sendo que às seis horas da manhã apareceram os efectivos da Polícia Nacional e removeram os corpos. Entretanto, este jornal tentou contacto com o director de comunicação institucional do Ministério do Interior, Mateus Rodrigues, via telefone, para saber se a polícia investiga o caso, mas sem sucesso.
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