Argélia decreta três dias de luto pelo desastre aéreo

O governo  argelino decretou três dias de luto nacional e instaurou um inquérito para apurar as causas que estiveram na  origem da queda, esta quarta-feira, de um avião militar que matou mais de duzentas  pessoas.

O acidente, que  já é  considerado o pior  da história da aviação do país, resultou na morte de   dez tripulantes e 247 passageiros  cujas  causas  ainda são desconhecidas.

A queda do avião militar aconteceu nas proximidades da capital argelina é o acidente aéreo mais mortífero na história do país norte-africano. Entre os mortos estão 247 militares e seus familiares além de dez tripulantes.

O avião caiu em um campo pouco após partir da base aérea militar de Boufarik, a sudoeste da capital, segundo a informação oficial. A aeronave seguiria para Bechar, ainda na Argélia, mas perto da fronteira com o Marrocos, com uma parada prevista em Tindouf, informaram os militares argelinos.

Ainda não está claro o que pode ter causado o acidente nem qual era o propósito do voo. A agência estatal argelina informou que o avião era um Ilyushin Il-76, fabricado na Rússia. O Ministério da Defesa informou que já foi apontada uma comissão para investigar as causas do acidente.

Nhecidas.

Fontes informaram à agência EFE que trinta cidadãos saarauís estavam entre os mortos no acidente. Os saarauís são um povo nativo do Saara Ocidental e que atualmente tem sua maior concentração no acampamentos de refugiados em Tindouf, onde o avião faria uma parada.

Segundo as fontes, as vítimas mortais são estudantes e outros civis que tinham viajado para Argel para realizar trâmites médicos e burocráticos e que costumam dispor de vagas de cortesia neste tipo de aparelhos militares argelinos.

Logo após a divulgação da notícia, o presidente da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), Brahim Ghali, decretou sete dias de luto oficial nos campos de refugiados de Tinduf.

Nos trabalhos de resgate participam mais de 300 pessoas, entre efetivos da Defesa Civil, médicos, policiais e membros do exército argelino.

O primeiro-ministro palestino, Rami al-Hamdallah, prestou condolências às família das vítimas e ao governo argelino, informou a imprensa local.

Mais mortífero

O pior acidente aéreo até o momento do país havia ocorrido em 2014 quando um jato da Air Algérie que viajava de Burkina Faso para a Argélia caiu no deserto de Mali, matando todas as 116 pessoas a bordo, incluindo 53 cidadãos franceses. Na época a França moveu uma investigação que culpou o piloto