Malária mata mais de 200 pessoas em três meses na Huíla

Malária mata mais de 200 pessoas em três meses na Huíla

Duzentas e 61 pessoas morreram de Janeiro a Março do ano em curso, vítimas de malária na província da Huíla, menos 65 óbitos face ao igual período anterior, informou Terça-feira, no Lubango, a chefe do departamento provincial da Huíla de Saúde Pública e Controlo de Endemias, Fátima Barros.

A responsável, que falava à margem do dia mundial da luta contra a malária, que se assinala hoje sob o lema “Prontos para vencer a malária”, afirmou que a doença ainda é um problema de Saúde pública, por constituir uma das principais causas de morte da população, afectando maioritariamente crianças menores de cinco anos. Declarou que a malária é preocupante, principalmente nesta altura de chuvas, com o “saneamento básico precário” da província, os casos de malária tendem a aumentar, uma vez que tiveram durante os três meses em análise, 61 mil e 569, contra os 28 mil e 950 casos do período presidente de 2017.

“Os municípios do leste são os que mais preocupam o sector da Saúde, por terem uma taxa de letalidade muito alta como o Chipindo que teve 51 mortes, Cuvango (61), Matala (39) e Jamba (24), temos também o quadro do Lubango, nas unidades sanitárias, Hospital Central (24) e Pediatria (38), mas pelo número de população existente o rácio não é tão preocupante”, detalhou. Entre as estratégias para mitigar a doença, explicou que têm medidas como o diagnóstico e tratamento correcto da doença, a luta anti-vectorial, para fazer a fumigação espacial e intra-domiciliar, a aplicação do tratamento de mosquitos nas águas paradas e a distribuição de mosquiteiros, a educação para a saúde com aconselhamentos, medidas de prevenção e sensibilização das pessoas ao uso adequado do mosquiteiro, assim como o tratamento preventivo nas mulheres grávidas.

“A população ainda acorre tardiamente aos nossos serviços, muitas das vezes procuram por outros não autorizados e quando chegam ao hospital já vêmem estado grave e não obtemos bons resultados, daí o apelo às mães para procurarem a unidade sanitária, logo que a criança tenha sinais de febre, fazer os testes e saber do nível de parasitas no organismo do menor”, salientou. O Dia Mundial da Malária é comemorado anualmente no dia 25 de Abril. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde e visa divulgar informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença com a população e não apenas com os envolvidos no sector da Saúde.