Transpirâmide quer liderar negócio das mudanças de residência

Transpirâmide quer liderar negócio das mudanças de residência

Com mais de 20 colaboradores, a empresa participou no processo de mudança de residência do ex-Presidente da República e tem sido solicitada por onsulados representações diplomáticas em Luanda. O negócio resulta de um investimento inicial de USD 200 mil

POR: Miguel Kitari

O processo de mudança de residências, escritórios e não só, feito através de carrinhas de caixa aberta, começa a fazer parte do passado. O negócio agora ganha outros players e vai-se tornando mais profissionalizado. A Pirâmides é um desses operadores. Com pouco mais de cinco anos no mercado e com um investimento inicial de USD 200 mil, a empresa embala e transporta bens diversos no país e para o exterior. Luís Chagas, o director-geral da empresa, sublinha que “ temos trabalhado com muitas entidades na prestação de serviços de mudanças de domicílio ou escritório.

O cliente solícita e nós mandamos um supervisor que verifica os bens que serão transladados. Depois disso define-se o valor por metros cúbicos, a distância a percorrer e como serão embalados os bens”. Luís Chagas detalhou ainda que, no processo de mudança, os móveis são cobertos com cobertores, papelões e plásticos. O empresário sabe que a sociedade angolana ainda não está preparada para este segmento de serviços, uma vez que a “tradição” é solicitar uma carrinha de familiares ou de aluguer para transportar os bens no acto da mudança, mas acredita que aos poucos se aperceberão das vantagens do novo serviço. “Hoje, as pessoas querem cada vez mais um serviço bem feito e que dê garantias.

E nós damos essa garantia. O nosso pessoal é especializado. Desmonta e monta mobiliário, assim como asseguramos o pagamento de móveis eventualmente danificados”, assegurou. Ressalta que a probabilidade de danificar os pertences dos clientes é muito reduzida, uma vez que trabalham a pensar no transporte, de forma cómoda, de vários utensílios. Por exemplo, Luís Chagas refere que possuem caixas apropriadas para o transporte de loiça, e para acondicionar roupa sem amarrotar. No entanto, aponta a falta de elevadores nos prédios existentes em Luanda como um dos empecilhos que se colocam ao seu desempenho. “Muitos dos nossos elevadores estão preparados apenas para levar pessoas e não mobiliário. É difícil descer com muito mobiliário por escada. A possibilidade de quebrar é muito grande”, frisou.

Transpirâmides na mudança do Ex-Presidente

Detida por angolanos, a empresa já recebeu vários prémios internacionais pela qualidade do seu serviço. “Na mudança que fizemos para o ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, transportamos, fundamentalmente, material de escritório. Termos sido escolhidos foi um momento gratificante”, reconheceu. A empresa tem merecido igualmente a confiança de representações diplomáticas acreditadas em Angola, no momento da instalação e trocas de escritórios, de organismos do Estados, empresas públicas e privadas, e de cidadãos singulares. Em relação a solicitações, Luís Chagas diz que, até 2016, o negócio conhecia muita procura, sendo os cidadãos estrangeiros os maiores clientes, mas de lá para cá verificou- se uma grande redução.

“Durante esse período, prestamos serviço a muitas representações diplomáticas ocidentais, estas já acostumadas a isso. As embaixadas da Zâmbia e da Costa do Marfim também foram nossos clientes”, salientou. Segundo o empresário, é no exterior que a empresa tem mais prestígio. Justifica a sua convicção não apenas pelos prémios que recebeu, sobretudo pelas solicitações de empresas petrolíferas americanas que operam em Angola, a Odebrecht e tantas outras. No entender do nosso interlocutor, a concorrência é salutar e só vai contribuir para a prestação de um melhor serviço aos clientes.

Meios rolantes

Para o êxito da sua actividade, a Transpirâmide conta com cinco carrinhas adquiridas no Dubai (Emiratos Árabes Unidos) e em Angola. As carrinhas são fechadas e possuem elevadores para acomodar os móveis no seu interior. Neste momento, a empresa conta com 30 funcionários divididos entre as áreas administrativa, motoristas e pessoal de apoio, este que trata dos actos de embalar, carregar e descarregar bens e produtos diversos.