Os dados divulgados recentemente, através do relatório do Grupo empresarial, referem que os lucros foram na ordem de USD 1,1 mil milhões, sendo que a companhia aérea Emirates registou lucro de USD 762 milhões, 124% a mais do que no ano passado. E a Dnata, outra participada, obteve o maior lucro de sempre, USD 359 milhões.
O Grupo Emirates, integrado pela Emirates e pela Dnata, anunciou no seu relatório de contas 2017-18 que obteve pelo 30º ano consecutivo lucros, no montante de USD 1,1 mil milhões, um aumento de 67% relativamente ao ano anterior. A Emirates, maior companhia aérea do mundo, obteve um aumento dos lucros na ordem de 124%, alcançando 762 milhões de dólares, durante o exercício de 2017/18. As suas receitas tiveram um aumento de 9% para 25,2 mil milhões de dólares, devido ao forte desempenho no transporte de carga. A companhia aérea registou um recorde de 58,5 milhões de passageiros, um aumento de 4%, e alcançou uma taxa de ocupação de 77,5%.
O aumento da taxa de ocupação em relação aos 75,1 % do ano passado é resultado de uma gestão bem-sucedida, uma resposta à incerteza política e à forte concorrência em muitos mercados, apesar de ter havido um aumento moderado de 2% na capacidade de lugares. Apoiada pelo enfraquecimento do dólar em relação à maioria das moedas, a receita dos passageiros aumentou para 0.69 dólar por quilómetro. Os custos operacionais aumentaram em 7% ao longo do exercício 2017-18. O preço médio do combustível para aviação aumentou em 15% durante o exercício.
Incluindo um aumento de 3% em relação ao aumento de capacidade, o gasto em combustível aumentou em 18% em relação ao ano passado, para 6,7 mil milhões de dólares. O combustível é agora 28% dos custos operacionais, comparado a 25% em 2016-17, e permaneceu como a maior componente de custo da Emirates. A companhia revelou ainda que encerrou o ano fiscal com um nível saudável e elevado de 5,6 mil milhões de activos em dinheiro. A receita gerada pelas seis regiões da Emirates continua bem equilibrada, sem que nenhuma região tenha contribuído com mais de 30% da receita total. A Europa foi a região que mais contribuiu, com uma receita de 7,3 mil milhões de dólares, um aumento de 12% em relação a 2016-17. A Ásia Oriental e a Australásia seguem de perto com 6,9 mil milhões de dólares, um aumento de 12%. A região das Américas registrou um crescimento de receita de 3,7 mil milhões de dólares, um aumento de 7%. As receitas do Golfo e do Oriente Médio diminuíram 2%, para 2,3 mil milhões de dólares, enquanto as receitas para a África aumentaram 8%, para 2,6 mil milhões de dólares.
As da Ásia Ocidental e do Oceano Índico aumentaram 5%, para 2,1 mil milhões de dólares. De acordo com dados do relatório, a Emirates SkyCargo, divisão de carga, desempenhou um papel fundamental na expansão da empresa contribuindo com 14% das receitas da companhia aérea. Num mercado de grande demanda e em rápida mudança a divisão de carga da Emirates revelou receitas de 3,4 mil milhões de dólares, um impressionante aumento de 17% em relação ao ano passado, tendo-se registado também um aumento de 2% no total do volume transportado. Já a Dnata, outra empresa do grupo, nos seus 59 anos de operação, teve em 2017-18 o ano mais rentável, ultrapassando o lucro de 359 milhões de dólares pela primeira vez. Com base nos fortes resultados do ano passado, a receita da Dnata cresceu para 3,6 mil milhões de dólares, um aumento de 7%. O negócio internacional da Dnata representa agora 68% das receitas. O saldo de caixa da Dnata atingiu 1,3 mil milhões de dólares, um novo recorde.