105 pessoas morreram afogadas na última época balnear em Luanda

105 pessoas morreram afogadas na última época balnear em Luanda

As praias do Jango Veleiro, Marinha, Ponto Final, Rua 11, Pôr do Sol e Foz do Rio Zenza são os locais que registaram mais afogamentos. O Serviço Provincial de Bombeiros diz haver uma subida de casos, comparativamente ao período anterior e aponta o uso excessivo de bebidas alcoólicas como uma das causas

POR: Milton Manaça

A época balnear 2017/2018 resultou na morte de 105 cidadãos só em Luanda, segundo dados fornecidos, ontem, ao OPAÍS, pelo porta-voz do Serviço Provincial de Protecção Civil e Bombeiros (SPPCB), Faustino Minguês. De acordo com o responsável, o município sede foi o que mais afogamentos registou, com um total de 49, seguido por Talatona, com 20 casos, desde a abertura da época balnear em Agosto de 2017 e que encerrou com o início oficial do Cacimbo, a 15 do corrente mês. Registou-se um aumento de mais 48 mortes comparativamente ao período anterior, facto que preocupa a corporação, que aponta o uso de bebidas alcoólicas, banhos em zonas proibidas e a falta de observância das regras como causas principais da subida de casos.

Os rios, lagoas, valas de drenagens, bacias de retenção, tanques e reservatórios contribuíram, infelizmente, com 27 mortes por afogamento, com o município de Viana a liderar as estatísticas (19 casos). “Neste período registamos 100 casos iminentes de afogamentos que resultaram em salvamento, o que, comparado com o período anterior, teve uma subida de mais 37 casos”, disse Faustino Minguês.

Segundo os bombeiros, as praias autorizadas para os banhistas são: a praia da Língua, Jembas, Ramiros, Cepa, Rocha das Mangueiras e Mussulo Centro (Belas), Neyuka, parte da Rua-11, dos Generais, uma parte do Pôr do Sol (Talatona) e Praia Amélia (Samba), Jango Veleiro, Marinha de Guerra, Tamariz, Rotunda da Floresta (Ingombota) e Vila (Cacuaco). Estão proibidos banhos nas zonas do Farol Velho e zona Sul do Jango Veleiro (Ingombota), Praia Mitcha, Morro dos Veados, Museu da Escravatura, parte da Rua 11, dos Quilómetros 26 e 32 (Belas), das Lagostas (Sambizanga), CEFOPESCA e Boca do Rio (Cacuaco).