Sub-comité de defesa prevê ampliar capacidade da missão de prevenção no Lesotho

Sub-comité de defesa prevê ampliar capacidade da missão de prevenção no Lesotho

A 26ª Reunião do Sub-comité de Defesa da SADC abordou, ontem, em Luanda, os mecanismos para o fortalecimento da cooperação na região. Na ocasião ficou confirmado o aumento da capacidade operacional da missão de prevenção da organização no Reino do Lesotho (SAPMIL)

POR: Iracelma Kaliengue

O presidente do Sub-comité de Defesa da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da Austral (SADC), chefe de Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Egídio de Sousa Santos, anunciou, na abertura da reunião, a ampliação da componente do treino, operações, relações civis- militares, aconselhamento político e inteligência militar. A decisão da prorrogação resultou da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da Dupla Troika da SADC, que passou em revista, em Luanda, em Abril, a situação política prevalecente no Reino do Lesotho, na República Democrática do Congo (RDC) e na República de Madagáscar.

Disse que a presidência do subcomité vai continuar a trabalhar, tendo, entretanto, lembrado aos presentes que o primeiro mandato, que termina neste mês de Maio de 2018, ficou marcado pelo incumprimento da missão por não ter sido possível atingir-se a capacidade operacional prevista. Durante o encontro, decorrido no Centro de Convenções de Talatona, estiveram em análise os relatórios dos comités permanentes dos grupos de trabalho e o estado de implementação das acções relacionadas com a operacionalidade da força em alerta da SADC. Espera-se ainda o aprofundamento das questões relacionadas com a Força da Brigada de Intervenção (FIB), a missão das Nações Unidas no Congo Democrático (MONUSCO) e a missão no Reino do Lesotho (SAPMIL), uma vez que os países directamente engajados nas duas missões têm estado a empenhar forças e meios para mantê-las operacionais.

Afirmou ainda que considera importante que se avalie com a profundidade necessária o estado de implementação das questões que constituem desafios operacionais, legais e logísticos específicos da Brigada de Intervenção para fazer face ao “modus operandi” assimétrico das forças negativas que actuam no Leste da RDC. Adiantou que Angola já manifestou a sua preocupação, durante a Troika do sub-comité de Defesa, aos países contribuintes com tropas na Força da Brigada de Intervenção e à RDC com o departamento de operações de manutenção de paz das Nações Unidas, a 15 de Fevereiro de 2018, em Nova Iorque.

Durante a reunião foram definidas modalidades mais convenientes para manter a operacionalidade da força, com base nas reuniões de Goma e nas visitas efectuadas às áreas de desdobramento da brigada pela missão de avaliação Técnica Conjunta no período de 26 de Abril a 5 de Maio de 2018, antes do fim do mandato da missão das Nações Unidas na RDC. Reafirmou que o Executivo angolano mantém total abertura e disponibilidade para apoiar os esforços e as iniciativas que visam a solução pacífica dos conflitos ainda existentes, através da negociação, com vista a estabelecer a paz e a segurança, bem como promover a cooperação “mutuamente vantajosa” entre os povos, na base dos princípios da igualdade, da não ingerência nos assuntos internos e da reciprocidade de vantagens.