Editorial: Fugas

Editorial: Fugas

Estamos a deixar de ser atraentes e interessantes. Ou seja, não somos nem rentáveis, nem estrategicamente importantes nas políticas de algumas companhias aéreas. Angola precisa de acelerar o seu processo de concessão de vistos, precisa de melhorar a sua imagem turística e precisa de tornar a sua economia mais apetecível. Tudo isto tem sido reafirmado pelo Executivo, tudo isto está em marcha, mas o tempo é implacável, além de que nesta corrida não estamos sós, a concorrência é forte e nós partimos de bases muito frágeis em alguns aspectos. Agora é a British Airways a anunciar também que vai abandonar o mercado angolano, as companhias só o fazem quando a taxa de ocupação não dá lucros, ou por motivos de segurança. Excluindo a segunda hipótese, o país tem de reflectir e corrigir a rota, para que o discurso não diga uma coisa que seja o contrário da realidade. A fuga das companhias aéreas é sinal mais do que importante sobre o estado da nossa economia e sobre a forma como o mundo olha para nós.