Esta segunda maior força política do país alega que parte da nossa história está mal contada, por isso, urge a necessidade de ser recontada para se repor os verdadeiros factos
POR: João Katombela, na Huíla
O secretário provincial da UNITA na Huíla defendeu, esta semana, na cidade do Lubango, a necessidade de se promover uma maior divulgação da História de Angola, para o conhecimento das novas gerações. Alcibíades Kopumi fez estas declarações por ocasião do 55º aniversário do Dia de África, que se assinala amanhã, 25 de Maio, acrescentando que a História de Angola deve ser bem contada, por fazer parte da História de África. Em entrevista a OPAÍS, afirmou que muitos factos e acontecimentos que se deram ao longo dos tempos em Angola ainda não são conhecidos por muitos jovens, pelo facto de a História do país “estar mal contada”. Para a fonte, passados 55 anos da proclamação do Dia de África, é necessário que se faça algo para que se fale mais sobre a História do Continente, e de Angola. Referiu haver ainda muita coisa que deve constar na verdadeira História de Angola, a ser contada por ancestrais, académicos, e pelos próprios historiadores, sobretudo nativos, para que não seja desvirtuada.
Sobre o continente
Falando propriamente da data, Kopumi disse notar alguma evolução em vários domínios, apesar de alguns constrangimentos que impedem o seu desenvolvimento. Esses avanços, segundo o entrevistado, são visíveis nos domínios sociais, político, económico, cultural e desportivo em vários países do nosso continente.
Governação
O responsável partidário criticou o modelo de governação de alguns países do continente, tendo acusado alguns dirigentes de se aproveitarems cargos que ocupam para o seu enriquecimento fácil, promovendo a corrupção, o nepotismo, o clientelismo e o tráfico de influência. Esses factores são apontados por Alcibíades Kopumi como sendo os grandes empecilhos que impedem o continente africano de atingir altos níveis de desenvolvimento.
Avanços
Na opinião do nosso entrevistado, apesar destes males que enfermam alguns Estados africanos, há outros que estão a evoluir em várias áreas do saber, onde despontam quadros de reconhecida capacidade, e que estão a dar cartas não só no “continente berço”, mas também noutras partes do Mundo. Ele acredita que só com o fim da corrupção este continente poderá desenvolver-se e atingir patamares como a Europa, Ásia e América. Disse que a África, a cada dia que passa, está a reforçar o seu capital humano e, num futuro mais próximo, poderá ver resolvidas as prementes questões que afligem os seus povos, caracterizadas por um elevado índice de pobreza, guerras e outros males sociais.