Mudança da imagem do Lubango com investimento na reeducação do homem

Mudança da imagem do Lubango com investimento na reeducação do homem

Por ocasião do 95º aniversário da cidade de Lubango, comemorado entre avanços e recuos nos sectores da Educação, Saúde, Energia e Água, a administração local tenta conceber a melhor estratégia destinada a melhorar a sua imagem, enquanto outros defendem a estratégia da reeducação do homem

POR: João Katombela, na Huíla

O castanho que substituiu o verde denuncia a morte das plantas e jardins da cidade do Lubango, comprovando um autêntico abandono por parte dos seus gestores, referem os munícipes. Para inverter este cenário, várias acções estão em curso na cidade, a exemplo da reabilitação de estradas primárias e secundárias, a reposição de sistema de distribuição de energia eléctrica e água potável local. À nossa reportagem, Horácio Sousa Reis, um antigo morador da cidade do Cristo-Rei, declarou que tudo será em vão, caso não se invista antes na reeducação do homem. “No passado, Lubango foi uma cidade pacata, ordeira e de estudantes.

A cidade tinha poucos habitantes, as estruturas trabalhavam em sintonia, hoje a cidade vive um crescimento anárquico, por isso é que temos essa imagem degradada”, rematou. Hoje, com 95 anos de existência, o Lubango vive problemas que não será só o dinheiro a resolvê-los, deve-se adoptar acções que venham mudar o comportamento do munícipe, também para não passar toda a responsabilidade ao Governo. Muitos problemas que os municípios enfrentam, e o Lubango não foge à regra, a culpa é dos munícipes que “evidentemente não foram educados para isso, daí o grave problema que enfrentamos que é o lixo”, considerou. Entretanto, o administrador Municipal do Lubango, garantiu que estes e outros problemas serão ultrapassados através da execução das políticas que estão a ser traçadas pelo Governo.

Relativamente ao lixo, Francisco Barros referiu que a sua recolha não estava a ser processada correctamente, em virtude da crise financeira que se instalou no país, já que a mesma era feita por algumas empresas privadas. Actualmente, segundo Francisco Barros, a recolha do lixo está a ser feita por brigadas, pela própria Administração Municipal, que já adquiriu, numa primeira fase, 20 contentores que foram distribuídos em alguns bairros do Lubango. “Há muitas dificuldades ainda. A água não chega a todos os citadinos, a energia também. As estradas estão velhas, a rede de telefonia móvel também não atinge todos os habitantes, isso tudo leva a que a Administração Municipal continue preocupada”, sublinhou.

Defendida a recuperação dos cinemas de cidade

Vários monumentos e sítios da cidade do Lubango apresentam um aspecto simplesmente desagradável, entre os quais destacam- se alguns cines que estão completamente abandonados. Os munícipes do Lubango defendem que a sua recuperação poderá contribuir para a arrecadação de receitas para a cidade, além de incentivar o turismo e o pagamento de impostos. Em nome dos munícipes, Horácio Sousa Reis disse que a actual imagem que os cines Arcoíris e Odeon apresentam, criam um sentimento de tristeza. Entretanto, o Administrador do Lubango revelou que o seu pelouro já trabalha no sentido de negociar com os proprietários, a recuperação daqueles imóveis. Lubango conta com uma rede hoteleira estimada em 971 unidades, entre as quais dez hotéis, 16 pensões, 83 hospedarias, 14 aldeamentos turísticos, 113 restaurantes, 711 botequins, 23 agências de viagens, 20 centros turísticos e 86 monumentos e sítios.