Deixa só, vai passar

Deixa só, vai passar

A cultura instalou-se e enraizou-se. Não importa o nível das pessoas, a classe social, o grau académico.

Texto de: José Kaliengue

A gangrena da impunidade e do abandalho é já uma forma de estar em Angola. As justificações apresentadas pela administração da Escola Americana de Angola (depois da ordem de encerramento) sobre o seu não licenciamento, só podem fazer lembrar uma bem acabada república das bananas.

A escola fez publicidade, matriculou alunos, iniciou actividade em Setembro e, afinal, ao que diz, remeteu a papelada para a sua legalização numa Administração Municipal apenas em Dezembro.

É inadmissível, sobretudo por se tratar de um negocio em que os clientes pagam, e bem caro. Se o Estado mantiver a sua posição, que é o que deve fazer, se quiser reverter o estado das coisas, os clientes terão pago em vão e os meninos perdido um ano lectivo.

A responsabilidade única por este “engano” é da escola, não pode ser assacada ao Estado. É o velho hábito do “vamos avançar, vamos cobrar, haverá gente implicada e o Estado terá de legalizar depois”. O que mais importa, antes até da legalização, é o negócio. E o tanto que se fala de ética por estes dias…