Grupo Quantum diz que Fundo Soberano nunca deveria ter sido levado a tribunal

Grupo Quantum diz que Fundo Soberano nunca deveria ter sido levado a tribunal

Os advogados do Grupo Quantum Global apresentaram declarações de testemunhas segundo as quais o caso do Supremo Tribunal de Inglaterra, do Fundo Soberano de Angola (FSDEA), nunca deveria ter sido levado a tribunal e devia ser anulado.

Em comunicado, a Quantum Global diz que o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) continua em busca de alívio na sua disputa judicial com o Grupo Quantum Global, tendo como suporte as últimas declarações de testemunhas apresentadas ao Tribunal Superior Inglês por escritórios de advocacia Quinn Emanuel e a Grosvenor Law. “Nas declarações apresentadas pelos escritórios de advocacia, afirmou que o FSDEA não mencionou ao tribunal que o grupo forneceu total visibilidade e transparência na gestão dos seus acordos de parceria limitada baseados nas Ilhas Maurícias, que estão sujeitos a uma disputa contratual.

A disputa legal entre o FSDEA e a Quantum Global, que desencadeou a ordem de congelamento mundial no grupo a 27 de Abril, inclui reclamações que demostram uma falta fundamental de entendimento das leis relevantes, como os activos que foram geridos profissionalmente e os termos dos seus próprios contratos, segundo declarações de testemunhas”, lê-se. A razão pela qual recorreu aos tribunais Ingleses, diz o documento do Grupo Quantum Global, consistiu em sair dos compromissos contratuais assumidos pela administração anterior, exonerada em Janeiro, no âmbito da reestruturação do Executivo. Os processos judiciais têm colocado os activos geridos pela Quantum Global numa posição indefenida, sob risco de os activos do próprio FSDEA, e do povo angolano, a longo prazo, sofrerem danos ou perdas, diz a QG.

No documento, refere ainda que o processo em curso está a conhecer efeitos negativos na economia do país. “Os trabalhadores angolanos estão a perder os seus empregos e importantes projetos sociais e económicos estão paralisados devido às alegações judiciais erradas do FSDEA. Quanto mais cedo o FSDEA resolver este problema, melhor para o povo angolano. A Quantum Global espera, portanto, chegar a uma resolução justa na disputa com o FSDEA que preserve o valor desses investimentos em benefício do povo Angolano”.

Caso USD 500 milhões

A nota diz também que notícias infundadas vincularam a Quantum Global a transacção de USD500 milhões (caso que envolve o antigo governador do BNA), operação que é objecto de uma investigação por parte das autoridades Angolanas. “A Quantum Global”, prossegue, “declarou que não foi a primeira vez, nos últimos meses, que falsas acusações foram feitas contra o grupo e o seu presidente e fundador”, para terminar dizendo que “a Quantum Global tem afirmado repetidamente que nem o grupo, nem o seu fundador tinham qualquer conhecimento prévio desta transacção antes de esta ter sido divulgada na imprensa, o que é um facto que os advogados do FSDEA confirmaram, na apresentação do tribunal, que não houve envolvimento”, finaliza o documento.