Exposição “A Língua Portuguesa em Nós” continua a movimentar o CCBA

Exposição “A Língua Portuguesa em Nós” continua a movimentar o CCBA

À margem da exposição itinerante “A Língua Portuguesa em Nós”, que decorre no Centro Cultural Brasil-Angola (CCBA) até ao dia 3 de Agosto, outras actividades de âmbito cultural e criativo, decorrem em simultâneo, no mesmo recinto

POR: Jorge Fernandes

No sentido de preeencher a referida exposição, a direcção do Centro Cultural Brasil- Angola propõe uma agenda cultural dinâmica e interactiva, com destaque para leituras, exibição de curtas-metragens, assim como um clube do livro infantil que reúne autores para contar histórias. Assim, para esta Quarta-feira, 11, está prevista no espaço “Curtas ao almoço”, às 12 horas e 30 minutos, a exibição da película “Célia e Rosita”, com duração de 19 minutos, conta a história de duas senhoras entediadas, fazem um pacto e decidem sair por aí fazendo o que “der na telha”.

Para isso, viajam no tempo contracenando com personagens da história audio-visual brasileira. Logo a seguir, quando forem 13 horas e 30 minutos, é exibida a curta-metragem de 11 minutos “Negócio da China”. Da sua sinopse pode ler-se, que o dono de um antiquário passa os seus dias percorrendo as antigas fazendas do interior de Minas Gerais, no Brasil, em busca de negócios fáceis. A classificação etária é para maiores de 14 anos de idade.

Quinta-Feira

Para o dia seguinte, no espaço de leitura “Clube do Livro”, ler-se-á o livro infantil “Kambas para Sempre”, de Maria Celestina Fernandes, a partir das 10 horas e 20 minutos. Os interessados poderão adquirir a obra no local do evento. Em Kambas para Sempre, Lueji é uma menina afro-descendente com nome de rainha. A sua família tem origem angolana e hoje mora no Brasil. Lueji gosta de ouvir as histórias da avó Cisca sobre os episódios contados pelos seus bisavós que foram escravizados e chegaram ao Brasil em navios negreiros. Já às 13 horas, em curtas ao almoço será exibido “O Oitavo Selo”. Após brigar com a sua mulher, um homem desesperado encontra a “morte em pessoa”, num bar. Segue- se uma longa discussão metafísica regada com música, cerveja e cianureto 100 por cento puro. Trinta minutos depois é a vez da curta “Açaí com Jabá”.

Mostra um duelo entre um parense e um turista para ver quem consegue tomar mais açaí com jabá, inspirados neste costume dos habitantes da Amazónia. Tem duração de 13 minutos. Um pouco mais tarde, isto é, às 15 horas, o teatro entra em cena com o monólogo “Olhos de Moco”, interpretado pela actriz angolana Antónia Raúl, do grupo Renascer Teatro. Retrata uma jovem angolana tomada por vozes que a obrigam a engravidar Angola. Após muita discussão e reflexão sobre como ela poderá realizar este desejo do mundo, tendo em conta a situação de Angola, a jovem sobe o Moco e lá tem uma grande revelação. O dia encerra às 18 horas e 30 minutos com a apresentação do documentário “Do outro lado do mundo”. Este retrata duas histórias de amor, protagonizadas por duas mulheres de culturas diferentes. A de Paulina, uma angolana do Bentiaba que conhece Johnny, e a de Sofia, que chega a Angola com o marido, Inácio, ex-bolseiro angolano na China, deixando no seu país o filho de ambos. Vé-se inserida numa cultura diferente.

Exposição

Refira-se que a exposição “A Língua Portuguesa em Nós” é pertença do Museu da Língua Portuguesa, actualmente em reconstrução em São Paulo, no Brasil, e chegou a Luanda no dia 12 de Junho. A mesma propõe diálogos e intercâmbio com os falantes da língua portuguesa no continente africano e no arquipélago de Cabo- Verde: Já foi exibida na cidade da Praia, em Cabo Verde, depois de Angola será levada também a Maputo, Moçambique, em Agosto. O conteúdo foi organizado a partir de quatro eixos temáticos: “Nós da Língua Portuguesa no Mundo”, “História da Língua Portuguesa no Brasil”, “Poesia e Prosa” e “Diálogos”.