União Europeia disponibiliza oito milhões de Euros para formação superior

União Europeia disponibiliza oito milhões de Euros para formação superior

A União Europeia disponibilizou 13 milhões de Euros para financiamento de projectos em diferentes áreas do país, dos quais cerca de oito milhões serão para financiar projectos de formação de pósgraduação, revelou ontem, em Luanda, Emanuel Catumbela, quadro sénior do Ministério do Ensino Superior Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI)

POR: Stela Cambamba

O director nacional para Formação Pós-graduada, Emanuel Catumbela, explicou que as instituições do Ensino Superior que apresentarem os projectos melhor estruturados serão financiadas até uma fasquia de oito milhões de Euros, destinados a custear cerca de 30 projectos a nível nacional. Cada curso de mestrado e doutoramento que beneficiar deste montante deverá contar com 30 estudantes, para o primeiro, e entre 20 a 25 para o segundo caso, em cumprimento dos diplomas legais que regulam o ensino superior. Entretanto, por agora, o processo está em tramitação interna, na União Europeia. Por parte de Angola, a avaliação já foi feita e prevê-se que até ao final do ano o processo esteja concluído e aprovado e, no princípio de 2019, começa a ser implementado. Emanuel Catumbela explicou que no momento oportuno o MESCTI vai, através de uma das suas instituições, abrir as candidaturas para as instituições de ensino superior que pretendem concorrer.

Em declarações à imprensa, à margem da II Reunião do Conselho Nacional do Ensino Superior, esclareceu que a União Europeia vai dar continuidade ao projecto de financiamento para diferentes áreas a nível do país, entre os quais do MESCTI. O projecto contempla três aspectos fundamentais, o primeiro consiste em apoiar as estruturas do Ministério do Ensino Superior; o segundo, a formação pós-graduada, com vista a garantir que as instituições do ensino superior públicas e privadas tenham a oportunidade de encontrar financiamento para executar acções de formação neste sentido. “Os projectos de formação deverão estar relacionados com o Plano de Desenvolvimento Nacional, principalmente, tendo em conta os recursos disponíveis em cada uma das regiões em que as instituições estão implantadas”, esclareceu.

Disse que deste modo será possível identificar os recursos que existem e como se pode criar uma cadeia de valores à volta destes recursos. O terceiro objectivo é oferecer aos estudantes uma ferramenta que lhes permita perceber qual é a provável carreira que devem seguir, bem como os requisitos necessários para ingressar neste seguimento. De acordo com Emanuel Catumbela, pretende-se que o acesso seja livre, aberto à sociedade e os candidatos poderão ver, através de um vídeo, as informações relativas ao curso. O director Nacional para Formação Pós-graduada explicou que o projecto tem uma duração de cinco anos, pelo que, esperam que neste período tenham ganhos em termos de formação diferenciada, qualificada e que possa levar mais-valias ao desenvolvimento do país.