Autoridades açorianas reconhecem personalidade do profeta Simão Toco

Autoridades açorianas reconhecem personalidade do profeta Simão Toco

As autoriades municipais de Ponta Delgada no arquipélago dos Açores, Portugal, reconheceram a personalidade e trajectória do profeta Simão Gonçalves Toco, que esteve desterrado nessa localidade durante 11 anos.

Esta informação foi prestada neste Domingo à imprensa pelo pastor Salvador Francisco, que integrou uma delegação da Igreja de Nosso Senhor Jesus no Mundo (Tocoista) que se deslocou à esta ilha de 2 a 5 de Agosto do ano em curso, a convite do Consulado de Angola em Lisboa. De acordo com a fonte, fruto de investigações levadas a cabo sobre a permanência do profeta Simão Toco no farol de Ponta Delgada, onde funcionou durante o seu desterro, as autoridades portuguesas tiveram interesse que uma delegação da igreja se deslocasse a essa cidade para que a acção do profeta fosse, de facto, reconhecida. .

Referiu que o reconhecimento da acção levada a cabo por Simão Toco nos Açores mostra que o tocoismo actualmente ultrapassa fronteiras e está implantado em vários países. “Foi com bastante agrado que ouvimos que o presidente da câmara municipal de Ponta Delgada fez referência que nas próximas actividades a realizar-se naquela cidade o profeta Simão Toco será homenageado”, afirmou. Informou, por outro lado, que durante a permanência da delegação em Ponta Delgada foi aproveitada a oportunidade para descerrar uma placa simbólica que retrata a passagem de Simão Toco como ajudante de faroleiro de 1963 a 1974 na localidade de Ginetes. “Aqui viveu e prestou serviço, como ajudante de faroleiro, o cidadão Simão Toco (1963-1974), fundador do Tocoísmo”, diz a gravação na placa que agora está afixada no Farol da Ferraria em Ginetes. Disse ser este o primeiro contacto mantido entre a direcção da Igreja Tocoista e as autoridades municipais de Ponta Delgada e que outros se seguirão, em que será analisada a questão da residência que foi construída propositadamente para o profeta Simão Toco.

Depois da sua retirada da Ilha dos Açores em Agosto de 1974, esta residência nunca mais foi habitada por ninguém, estando actualmente a ser reabilitada. A delegação da Igreja Tocoista foi encabeçada pelo bispo auxiliar Simão Fernando Kibeta, a qual se juntaram quatro funcionários do Consulado de Angola em Lisboa, incluindo o vice-consul Mário Silva.O processo de promoção e divulgação da presença de Simão Toco no Farol da Ferraria começou em Maio de 2017, com uma série de reportagens vídeo, áudio e escritas do jornalista Armindo Laureano, da Vivências Press News, com objectivo de mostrar ” Uma Angola que acontece fora de Angola”, inserido no projecto de pesquisa e investigação “Angolanos pelo Mundo”.