Efeitos da depreciação causados pelo preço do petróleo ainda se fazem sentir na economia

Apesar da alta no preço do petróleo, os efeitos da sua prolongada depreciação ainda se fazem sentir, na medida em que se deteriorou a capacidade instalada para garantir a sua produção presente e futura.

Falando na abertura de um seminário sobre “Instrumentos de Financiamento das Instituições Internacionais”, que decorreu ontem, no Instituto de Formação de Finanças Públicas (INFORFIP), em Luanda, Osvaldo João, director do Gabinete de Estudos e Estatísticas do Ministério das Finanças, disse que Executivo angolano tem diversificado as fontes de financiamento do Orçamento Geral do Estado (OGE), para garantir a execução de programas e projectos do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN). Para Osvaldo João, o tema do financiamento tornou-se nos últimos anos para Angola, assim como para outras Nações e outras realidades económicas, uma questão central da governação, fruto do efeito prologando da queda do preço das matérias- primas nos mercados internacionais.

Frisou que ainda que o preço das matérias-primas, como o petróleo, esteja em alta nos últimos trimestres, os efeitos da sua depreciação prolongada ainda se fazem sentir, na medida em que se deteriorou a capacidade instalada para garantir a sua produção presente e futura. “Foi nesse quadro que o Governo de Angola solicitou ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que as negociações que já estavam em curso de um Programa de Assistência Técnica evoluíssem para um Programa de Financiamento Ampliado”. O referido Programa de Financiamento Ampliado a que Angola acede na sua qualidade de membro do FMI, no curto e no longo prazo, permitirá alargar os prazos e diminuir as taxas de juro dos empréstimos a que o Estado presentemente se financia.

Osvaldo João explicou que o Programa de Financiamento vem impulsionar a execução do Programa de Estabilidade Macroeconómica e do novo Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022. Daí que, considera fundamental que o actual esforço de saneamento das Finanças Públicas não obstaculize o lançamento dos programas e projectos vocacionados para o desenvolvimento harmoniosos do território e o bem-estar das famílias. O seminário sobre “Instrumentos de Financiamento das Instituições Internacionais” analisou, entre outros temas, “O impacto dos instrumentos financeiros no desenvolvimento económico de Angola”, “Produtos financeiros e não financeiros do Banco Africano de desenvolvimento”, “Produtos financeiros e não financeiros do Fundo Monetário Internacional”. Com Angop