Restos mortais do general Ben Ben chegam a Luanda na Quinta-feira

Restos mortais do general Ben Ben chegam a Luanda na Quinta-feira

Um comunicado enviado a este jornal pela família do malogrado general das Forças Armadas Angolanas (FAA), Arlindo Isaac Chenda Pena(Ben Ben), falecido a 19 de Outubro de 1998, na África do Sul, refere que o corpo regressa ao país para a realização de um funeral condigno. Segundo o comunicado, os contactos para a realização do funeral estão bem encaminhados e os seus restos mortais chegam a Luanda a 13 de Setembro, acrescentado que os passos para as cerimónias subsequentes serão anunciados publicamente.

“Agradecemos antecipadamente a todos que se predispuserem nos acompanhar na efectivação de levarmos o nosso filho, irmão, pai, avó, companheiro, colega e comandante à sua última morada, para o repouso eterno”, refere o comunicado.

No seguimento de um pedido manifestado pela UNITA, o Presidente da República, João Lourenço, escreveu recentemente ao seu homólogo sul-africano, Matamela Cyril Ramaphosa solicitando a exumação e o respectivo repatriamento do corpo do general Ben Ben, ex-vice-chefe de Estado- Maior das FAA, enterrado naquele país.

Cyril Ramaphosa, por sua vez, indicou um conselheiro da presidência sul-africana que se reuniu na Quinta-feira (6), neste país, com uma delegação indicada pela UNITA, liderada pelo brigadeiro na reforma Kamy Pena que se deslocou ao cemitério de Zandfontein, na cidade de Pretória, para constatar as condições da tumba do malogrado general angolano.

Ficou acordado que após a exumação do corpo, prevista para meados deste mês, o mesmo segue para Luanda. Antes da partida lhe será rendida uma homenagem militar no aeroporto militar de Watkloof, em Pretória, conforme normas protocolares do Estado sul-africano quando envolve o corpo de uma alta patente militar.

Por morrer, aos 19 de outubro de 1998, em clima de divergência entre o Governo angolano e a UNITA, as autoridades sul-africanas decidiram, na altura, embalsamar o seu corpo e lacrar numa urna própria para que a qualquer momento a família pudesse reclamar o seu repatriamento para Angola.