CNC arrasta Ismael Diogo à cadeia de Viana

CNC arrasta Ismael Diogo à cadeia de Viana

Contactada pelo OPAÍS , uma fonte da PGR confirmou o facto e prometeu prestar mais esclarecimentos sobre o assunto, alegando existirem informações que não condizem com a realidade.

O presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), Ismael Diogo da Silva, foi detido no final, na Cadeia Central de Viana da tarde de ontem, em Luanda, por se ter recusado a responder às notificações da Direcção Nacional de Investigação Penal (DNIAP), órgão afecto à Procuradoria-Geral da República. “Os Serviços Prisionais confirmam a detenção do cidadão Ismael Diogo da Sila, que deu entrada na cadeia de Viana no final da tarde de hoje (ontem)”, afirmou Manezes Cassoma, o porta-voz deste órgão do Ministério do Interior, em declarações a OPAÍS. O antigo alto dirigente do Conselho Nacional dos Carregadores foi arrolado no processo nº 23/2018 pela magistrada do Ministério Público Peltra Correia, na condição de arguido, por, supostamente, ter praticado os crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais.

A ordem de detenção foi emitida pelo director da DNIAP, Vanderley Bento Mateus, ontem, de acordo com o mandado de detenção a que OPAÍS teve acesso. Informações que circulam pelas redes sociais dão conta de que essa decisão terá sido motivada pelo facto de o arguido se ter recusado a comparecer nessa instituição para prestar informações sobre caso de desvio de valores no Conselho Nacional de Carregadores (CNC), órgão afecto ao Ministério dos Transporte. Neste caso, está arrolado o antigo ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, que se encontra detido preventivamente no Hospital Prisão de São Paulo por supostamente ter praticado os crimes acima mencionados.

Além destes dois antigos gestores públicos, há mais três altos responsáveis do CNC presos preventivamente na cadeia de Viana, nomeadamente, Rui Manuel Moita, ex-diretor-geral adjunto para a Área Técnica do CNC, o director- geral do CNC, Manuel António Paulo, e a directora-geral adjunta para a área de Administração e Finanças da mesma instituição, Isabel Cristina Gustavo Ferreira de Ceita Bragança. Sobre eles pesam as acusações de crimes de peculato, corrupção, branqueamento de capitais, entre outros crimes puníveis pelo Código Penal. Contactada pelo OPAÍS, uma fonte da PGR confirmou o facto e prometeu prestar mais esclarecimentos sobre o assunto, alegado existirem informações que não condizem com a realidade, a qualquer momento.