João Lourenço conversa com filipe VI de Espanha

O Presidente da República, João Manuel Goncalves Lourenço, depois de participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, fez escala Sexta-feira em Madrid e manteve uma conversa telefônica com Sua Majestade o Rei Felipe VI de Espanha.

O Presidente da República, João Manuel Goncalves Lourenço, depois de participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, de passagem Sexta-feira por Madrid manteve uma conversa telefónica com Sua Majestade o Rei Felipe VI de Espanha. Foi ocasião para reafirmarem o interesse mútuo do reforço das relações de amizade e cooperação entre os dois países, segundo comunicado dos Serviços de Apoio ao Presidente da República.

O Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço regressou ontem ao país depois de ter participado pela primeira vez numa Assembleia Geral das Nações Unidas, onde discursou. Na sua primeira intervenção na Assembleia Geral da ONU, e no dia em que celebrou o primeiro aniversário como Presidente de Angola, João Lourenço destacou a “experiência única” deste país na construção de uma paz duradoura, o que pode servir de exemplo para o resto do mundo. Lourenço aproveitou o discurso para prestar tributo a “duas figuras da política mundial” e “dois filhos de África”, Nelson Mandela, antigo Presidente sul-africano, e Koffi Annan, antigo secretário-geral da ONU, que morreu em Agosto.

“Acreditamos que a experiência de Angola na construção da paz e da reconciliação foi positiva para as Nações Unidas e para algumas regiões do mundo”, afirmou o  Presidente. “Angola tem uma experiência única na preservação da paz duradoura”.

Centrando-se naquilo que, para si, deveriam ser as prioridades da ONU, João Lourenço chamou a atenção para questões que “podem pôr em causa a própria sobrevivência da humanidade”, como “fome e miséria, o aquecimento global, as migrações em massa, o tráfico humano, a intolerância religiosa e o extremismo” ou “a proliferação e descontrolo das armas nucleares”.

Relativamente a este último aspecto, o Presidente reconheceu os avanços alcançados na “desnuclearização da Península da Coreia”. Elogiando também o papel da ONU “no fim do colonialismo”, Lourenço disse que a organização está ainda “longe de cumprir o que está na sua carta”.

Em concreto, o chefe de Estado angolano falou dos “velhos conflitos ainda por resolver”, como por exemplo, entre Israel e Palestina, cuja solução “só pode ser a de dois Estados a conviverem lado a lado e de forma pacífica”.

Por isso, diz, “muitas têm sido as vozes que exigem reformas profundas na ONU”. Apesar disso, “Angola manifesta toda a sua disponibilidade para continuar a apoiar todos os esforços na promoção da cooperação entre as nações todos de todo mundo e na consolidação da paz”.