Marés altas afligem Protecção Civil e Bombeiros

Marés altas afligem Protecção Civil e Bombeiros

A ocorrência de marés altas e bravas em toda costa angolana, principalmente a partir das 14 horas, constitui uma grande preocupação para o Comando do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB), revelou ontem, em Luanda, o comissário principal Bênção Cavila Abílio.

Cavila apela às pessoas que frequentam diariamente estes locais, principalmente nas praias de Cabinda até as do Namibe, a redobrarem os cuidados, por estar previsto que tais alterações ocorreram durante todo o mês de Outubro. O mais alto responsável do SPCB prestou essa informação à imprensa durante um evento por ocasião do Dia Internacional para a Redução de Desastres, que hoje se assinala. A actividade, que decorre na Mediateca de Luanda sob o lema “O aumento das perdas económicas causadas por mudanças climáticas”, é uma iniciativa da Comissão de Protecção Civil, em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA). O comandante afirma que neste momento algumas praias estão calmas, mas a tendência é subirem cada vez mais, principalmente a partir da hora acima referida. Apela ainda aos responsáveis da corporação a ministrarem palestras de sensibilização aos usuários das praias, entre os quais as pessoas que fazem as festas na praia e os pescadores.

A cada ano, os desastres têm aumentado. Segundo pesquisas, mais de 90% de catástrofes mundiais estão relacionadas com a água. Em Angola, enxurradas e inundações têm sido os exemplos catastróficos que mais mortes provocam. Na plateia estiveram presentes estudantes, que foram os convidados de “honra”. “É importante que a partir das escolas primárias, os estudantes vão tomando conhecimento disso”. Ao logo das ultimas décadas tem aumentado as catástrofes. Segundo o secretário do Estado do Interior, Hermenegildo José Félix, o país já registou perdas humanas e danos materiais consideráveis, que têm vido a aumentar a cada ano. “O país regista com maior frequência inundações, incêndios, calemas, descargas atmosferas, derrame de petróleo, ravinas e seca, provocando doenças como a Malária, Cólera, a Raiva”, detalhou. De acordo com o governante, o Estado está a implementar políticas e mecanismos institucionais de redução de catástrofes com diferentes níveis de realização, como são os casos dos projectos de prevenção de desastres nas escolas e comunidades e da sinistralidade rodoviária, alguns dos quais voltados inteiramente para as crianças.