Defendida a aprovação da Lei da Juventude

Defendida a aprovação da Lei da Juventude

O presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), António Francisco Mateus, em declarações aOPAÍS , afirmou que um dos grandes problemas que a instituição que dirige enfrenta, é a falta da aprovação de uma lei da juventude.

Falando à margem do discurso à Nação, proferida Segunda-feira, 15, pelo Presidente da República, João Lourenço, no Parlamento, disse que uma vez aprovada esta lei pela Assembleia Nacional, permitirá que o processo de defesa e advocacia dos direitos e deveres dos jovens esteja respaldado na Constituição da República de Angola(CRA). Para além deste, António Mateus referiu que o país tem em falta vários instrumentos legais, o que faz com que a capacidade de defesa e o processo de advocacia dos jovens enfrente dificuldades, razão pela qual reitera a aprovação urgente de uma lei para juventude. De entre os vários instrumentos legais, o responsável defendeu, também, a aprovação da lei do associativismo juvenil, bem como o plano de desenvolvimento para a juventude. Explicou que, por falta desta lei, os jovens encontram na imagem do Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a solução dos seus vários problemas.

Outras preocupações

O presidente do Conselho Nacional da Juventude manifestou-se preocupado com o elevado índice de desemprego, consumo de bebidas alcoólicas, prostituição e falta de habitação para a juventude. A falta de formação tecno-profissional e a fraca capacidade de absorção dos quadros para o mercado de trabalho, figuram entre as outras maiores aflições da juventude em geral, segundo o responsável. Apesar destas dificuldades, António Mateus disse que a expectativa para melhores dias para esta franja de cidadãos é maior, por acreditar nas políticas do Executivo inseridas no Plano de Desenvolvimento Nacional(PDN).

“Há muitos jovens que este ano não conseguiram aceder ao sistema de ensino, quer médio, como universitário, mas têm fé que a situação poderá melhorar nos próximos tempos”, disse. Reconheceu que o país tem estado a viver um contexto macroeconómico muito difícil, situação que tem, em grande medida, afectado a população angolana e, particularmente, os jovens. Segundo António Mateus, esta situação tem criado um êxodo massivo dos jovens do campo para a cidade em busca de melhores condições de vida. Finalmente, apelou à juventude angolana a manter a calma e a serenidade, realçando que o Governo está a trabalhar para colocar a disposição da juventude mais escolas e mais postos de trabalho.