Tinawc na Feira de Arte Contemporânea na Itália com criadores angolanos

Tinawc na Feira de Arte Contemporânea na Itália com criadores angolanos

O certame decorrerá de 2 a 4 de Novembro em Torino, Itália, contará com a participação das artistas, Cristiano Mangovo, Januário Jano e Pedro Pires, de Angola, e do moçambicano Gonçalo Mabunda

Texto de: Augusto Nunes

A This Is Not A White Cube (TINAWC), uma das seis galerias africanas, participará de 2 a 4 de Novembro, na XXV edição da Feira de Arte contemporânea em Torino, Itália, com o apoio do Banco Económico. A galeria far-se-á representar no evento pelos artistas Cristiano Mangovo, Januário Jano e Pedro Pires, de Angola e Gonçalo Mabunda, de Moçambique.

O certame tem como curadora a historiadora e crítica de arte Ilaria Bonacossa e assume, nesta edição, um valor duplo de um passado eloquente e de um futuro aberto a explorações criativas. Este ano, a feira assinala o seu 25º aniversário, com o tema “Time Is On Our Side” – O tempo está do nosso lado, um olhar estático congelado numa moldura da memória e da celebração, mas com um fluxo dinâmico capaz de definir o ritmo da mudança, enquanto captura o tempo de suspensão emocional activado por obras de arte.

Os artistas e criações Cristiano Mangovo.Através da sua criatividade, Mangovo faz um exercício do equilíbrio de poder (e suas contradições) entre uma sociedade que está em constante mudança e o questionamento dessa mesma sociedade. Desenvolvimento e evolução não são forçosamente sinónimos, mas não se contradizem.

Comprometido com as principais questões específicas do contexto em que opera, como a protecção ambiental, os direitos da mulher, ou sobre temas como o consumismo, os valores humanos, as relações sociais ou o urbanismo, o artista tem como framework a paisagem urbana e as cenas da vida quotidiana.

Januário Jano. Artista visual, nascido em Luanda, Jano vive e trabalha entre Luanda, Londres e Lisboa. Em 2005, o artista terminou a sua graduação na Universidade Metropolitana de Londres, Inglaterra e, desde então, está envolvido em projectos de pesquisas que têm sido o centro do seu trabalho artístico. Januário Jano trabalha principalmente com pintura, instalação, vídeo e fotografia, usando mistura de média e material para desenvolver um corpo de trabalho relevante nos rituais do seu trabalho.

Em 2016 foi premiado com Art Laguna Prize na categoria Business for Art, um dos mais prestigiados prémios de arte em Veneza, Itália. Em 2015, participou da exposição colectiva, “UNORTODOXO”, no Museu Judaico de Nova Iorque, exposição que teve como curadores Jens Hoffman e Kelly Taxter. Pedro Pires.

Nascido na década 70, Pires explora no seu trabalho questões sobre identidade e estereótipos em relação directa com educação, história e instituições. Este interesse vem da sua experiência pessoal enquanto angolano e português.

O artista explora a sua identidade e posição política, social e económica nestes dois países e continentes, fazendo paralelismos com outras realidades. Usa diversos meios, técnicas e objectos do quotidiano de diferentes contextos, que são fortemente utilitários e produzidos em massa, para construir vários significados figurativos e conceptuais de identidade em diferentes sociedades.