Dificuldades no acesso à terra domina encontro das comunidades

Dificuldades no acesso à terra domina encontro das comunidades

Representantes de diversas comunidades do país participam, desde ontem, no “XIX Encontro Anual das Comunidades” que decorre sob o lema “Comunidades Participativas, Desenvolvimento Garantido”, em Luanda.

O secretário de Estado da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Lúcio do Amaral, defendeu, no encontro, que o acesso à terra e aos factores de produção, bem como o alargamento do apoio à agricultura devem ser cada vez mais facilitados, tendo em vista a sustentabilidade das comunidades em especial as rurais, dando particular atenção à mulher no meio rural. O governante, ao intervir no evento promovido pela Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), afirmou que um dos principais objectivos da instituição que representa é atender a várias situações dos diversos segmentos da sociedade que clamam por apoio e implementação de curto e médio prazos, que vai pelo empoderamento das famílias em particular e as comunidades em geral que se encontram em situação de pobreza e de vulnerabilidade.

Segundo o responsável, o desenvolvimento sustentável das comunidades continua a merecer uma atenção especial por parte do Executivo, numa perspectiva cada vez mais participativa, onde os seus membros são chamados a serem actores activos do seu próprio processo de desenvolvimento e de transformação social, noticiou a Angop. O director-geral da Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), Belarmino Jelembi, disse Terça-feira, em Luanda, que o encontro das comunidades gerou ganhos significativos com o fortalecimento do poder local, bem como do reforço da cidadania expressa nos municípios e províncias.

O líder associativo esclareceu que o evento visa analisar os programas públicos de apoio à agricultura familiar e a sua relação com o processo autárquico. Segundo o director, é fundamental fortalecer as associações, cooperativas e união de associações existentes nos municípios. Para si, de acordo com a Constituição da República de Angola, o poder local estrutura-se pelas autarquias locais, autoridades tradicionais e as modalidades específicas de participação dos cidadãos. Belarmino Jelembi informou que para a realização do evento, estiveram envolvidos, em Agosto do corrente ano, em reuniões municipais e provinciais, 2 mil representantes de comunidades locais, 300 organizações de 25 municípios com a participação de administrações municipais, governos provinciais, departamentos ministeriais e parceiros sociais.