Analista político afirma que falta de união tornou difícil a Independência de Angola

Analista político afirma que falta de união tornou difícil a Independência de Angola

Mário Pinto de Andrade fez essa afirmação enquanto dissertava na palestra subordinada ao tema os “Ganhos da Independência Nacional de 1975 a 2018”, que teve lugar ontem, em Luanda, no Memorial Mártires do Kifangondo

POR: Iracelma Kaliengue

Mário Pinto de Andrade fez uma imersão histórica política, social, cultural e económica do país e o enquadramento sobre os desafios a que o país se propõe para os próximos tempos. “A luta de libertação nacional e as longas batalhas para conseguir a Independência representam, para os angolanos, o orgulho e a honra pela pátria” declarou o analista Mário Pinto de Andrade afirmou que diferente de outros países, Angola teve vários momentos de libertação e que todos falharam por falta de unidade e confiança entre os movimentos de libertação de Angola.

Disse porém que a falta de coesão entre os movimentos de libertação nacional levou a que Angola tivesse uma caminhada difícil para o alcance da Independência e a preservação da soberania integral do Estado Angolano. Para o analista político, hoje é preciso caminhar para honrar o passado e pensar seriamente no presente, que no seu entender são o Estado de Direito, democracia, boa governação e a estabilidade politica. Declarou na sua abordagem que a democracia traz para os angolanos novos ventos, como é o caso da realização das autarquias, marcadas para 2020, e as eleições legislativas e presidências para 2022. “Significa dizer que teremos um ciclo de 3 em 3 anos para a realização de eleições” afirmou.

Continuou: “É preciso que a sociedade angolana esteja preparada para este ciclo verdadeiramente democrático que se vai viver nos próximos tempos”. Apelou aos cidadãos a terem a responsabilidade de fazer valer o direito que cada angolano tem na participação directa na política nacional. Por sua vez, Abreu Muengo Kamorteiro, chefe de Estado-Maior General-Adjunto das Forças Armadas Angolanas para área Operativa e de Desenvolvimento, afirmou que Angola tem ainda muitos desafios e metas a alcançar. “Angola concorre para uma nova Angola, economicamente forte, unida e absolutamente reconciliada”, considerou. Disse, entretanto, que as Forças Armadas Angolanas (FAA) são praticamente o modelo de unidade nacional e de reconciliação, por isso considerou ser obrigação das FAA continuarem a garantir e preservar a imagem de Angola para os angolanos e para o mundo.