Falcão diz estar a dirimir conflitos que encontrou em Benguela

Falcão diz estar a dirimir conflitos que encontrou em Benguela

O governador provincial, Rui Falcão, conta que, desde que chegou a Benguela, para conduzir os destinos políticos e administrativos da região, que a sua agenda tem sido preenchida pela resolução de uma série de conflitos

POR: Constantino Eduardo, em Benguela

Falando num culto ecuménico em comemoração ao 43º aniversário da Independência Nacional, que se celebrou Domingo, 11, na cidade ferro-portuária do Lobito, Rui Falcão, que não perde nenhuma oportunidade para falar de corrupção e apontar alegados erros cometidos no passado, apelou para a necessidade de se respeitar os governados, porquanto, segundo argumentou, qualquer governante que procede desse jeito “não serve a Deus”, sublinhando que todos aqueles que, usufruindo do poder de tomar decisões o fazem em benefício próprio, não estarão a fazer a vontade de Deus.

O governante, que muito recentemente garantiu estar a combater “roubos do passado”, é bastante crítico em relação à corrupção, e salienta que se os governantes tiverem em conta esse pressuposto a que fez referência, rapidamente ter-se-á uma Angola bem melhor. “Se nós, com o pouco que temos, distribuirmos bem, podemos, de facto, criar uma sociedade melhor”, disse. Falcão, que tem sido muito criticado por determinados segmentos da sociedade civil por alegada “inacção administrativa”, considera ser importante acabar com arrogância “de chefe”.

O timoneiro do palácio cor-de-rosa à praia Morena socorre-se do passado para recordar aos presentes que, antes da sua chegada à província, havia uma Benguela assombrada por muitos conflitos. Sem especificá-los, o governante, bastante ovacionado pelo auditório durante a sua intervenção, disse: “Desde que cheguei não tenho feito outra coisa senão dirimir conflitos. Vocês sabem bem a Benguela que tínhamos há um tempo atrás” pronunciou, categórico, garantindo, por outro lado, que está a implementar, nesta circunscrição territorial, e a engendrar uma governação de proximidade e abertura ao “próximo”, por entender que quem não ouve o outro não conhece os problemas. Aparentemente “banhado” pelos princípios divinos, o governante asseverou que se quer uma Angola por todos, mas, fundamentalmente, “Deus para todos”.