Editorial: 11 de Novembro

Editorial: 11 de Novembro

A decisão tomada, ontem, pela Comissão Interministerial para a Organização das Acções Comemorativas Alusivas ao 45º aniversário da independência nacional não poderia ser mais assertiva.

Acossada por uma polémica à volta da música e de um projecto orçado em mais de 140 milhões, cujo contrato foi vencido pela Karga Eventos, do músico Emanuel Ngonohame ‘Big Nelo’, quase que se esqueciam que esta festividade estava, por si só, já assombrada pela pandemia da Covid 19 que continua em progressão no nosso país.

Longe de fugir a este incidente de percurso, numa comemoração que faria todo o sentido de ser celebrada com pompa e circunstância, acreditamos que para o Executivo o aumento de casos da infecção e as dificuldades por que passa o país sugeriam que se repensasse nos moldes da actividade.

A pomposidade com que assinalamos determinados actos algumas vezes retiram o valor de determinadas acções.

Por isso, faz todo o sentido ‘reconfigurar os actos provinciais, tornando as celebrações locais actos simbólicos sem participação massiva de cidadãos, evitando assim que se convertam em foco de disseminação da Covid-19’, conforme o comunicado da própria comissão.