Angola espera 200 investidores para o fórum de negócios sobre energias renováveis

Angola espera 200 investidores para o fórum de negócios sobre energias renováveis

Segundo a gestora, a participarão no evento, para além dos empresários nacionais, empresários alemães e israelitas.

Afirmou ainda que o fórum servirá para apresentar à comunidade empresarial o quadro geral da situação energética no país, incluindo a produção de energia eléctrica, os objectivos públicos dos investimentos no sector, as áreas prioritárias, o tipo de investimentos e os valores financeiros para o efeito.

“Com este evento, esperamos atrair o maior número de empresários interessados em investir neste segmento e, dessa forma, cobrir as necessidades dos cidadãos e da indústria em zonas onde a energia da rede pública é deficitária ou inexistente”, disse.

Estratégia de energias renováveis até 2025

O Plano de Desenvolvimento do Sector Energia e Águas para até 2025 prevê a instalação de 5.000 MW, maioritariamente de energia hídrica. O plano tem como objectivo diversificar a aposta nas energias renováveis através de um papel crescente das novas energias renováveis, incluindo as pequenas hidroeléctricas. Prevê-se que o consumo até 2025 possa atingir os 39 TWh sendo necessário superar os 9 GW de potência instalada para fazer face à variabilidade hidrológica e garantir a segurança de abastecimento.

O ministério da Energia e Águas estabeleceu três objectivos estratégicos para as novas energias renováveis, com vista a responder aos principais desafios identificados, com destaque para melhoraria do acesso aos serviços de energia nas zonas rurais, com base em renováveis. Outro sim é o desenvolvimento do uso das novas tecnologias renováveis ligadas à rede, fomentando a criação de novos mercados e a redução das assimetrias regionais.

O executivo quer, com este plano de desenvolvimento, promover e acelerar o investimento público e privado nas energias renováveis.

Medidas para impulsionar a energia solar

Lançar o concurso para a atribuição de uma autorização para construir centrais fotovoltaicas ligadas à rede, em regime de Produtor Independente, num total de potência de 100 MW – 10 MW por ano durante 10 anos – associados à instalação de uma unidade fabril moderna e de redes de distribuição e comercialização de sistemas individuais a preços competitivos para as zonas rurais; Estudar e dimensionar sistemas solares de substituição de gasóleo nas centrais térmicas dos sistemas isolados a incluir no concurso a lançar; Para as pequenas centrais hidroelétricas, prevê-se a promoção de o estudo dos projectos e lançar concursos para a produção de pelo menos 60 MW em projectos de pequenas centrais hidroeléctricas, competitivas e orientados para a electrificação de sedes de municípios afastadas da rede.

Já para a área da energia da biomassa, prevê-se a construção de pelo menos 2 centrais a biomassa florestal próximas das grandes cidades do Leste do país, com uma potência total de 40 MW, associadas à criação de fileiras florestais.

E em articulação com o Ministério do Ambiente, a construção de 1 ou 2 unidades de incineração com combustíveis derivados de resíduos nos principais centros urbanos do país, num total de 50 MW, e a criação de incentivos à preparação dos aterros sanitários para recolha e valorização energética do biogás. Sobre a área da energia eólica, o plano prevê a construção do Parque Eólico do Tombwa, com uma capacidade inicial de 20 MW e ligação a 60kV ao Namibe, aproveitando as infra-estruturas existentes e previstas na rede para satisfazer as necessidades de consumo do Sistema Sul