Confesso que apenas ontem vi jogos do CAN de futebol em subdezassete que decorre na Tanzânia. Vi partes importantes dos dois jogos das meias finais, num deles esteve envolvida a selecção angolana, que perdeu nos penalties contra os Camarões. Fiquei impressionado com os rostos. Maduros, assustadores. Não, não digo que os meninos sejam feios, feio é se eles são mais velhos que a idade limite na competição. Alguns meninos devem ter interrompido algures a contagem dos anos e quando a retomaram já tinham perdido alguns. Ou então África descobriu a fórmula da “ultranutrição” e amadurecimento acelerado. Alguns daqueles meninos, se passasse por eles, eu próprio me apressaria a chamá- los tios. O que vi ontem foi mais força (adulta) que táctica aprendida por meninos, os jogos pareceram-me de muita pancada. E já agora, é para esquecer, com estes milagres africanos, o futebol do continente não em como ir em frente, não tem como tornar-se em força económica importante, muito menos numa propaganda da capacidade africana. É incrível, mas um continente inteiro, com mais de cinquenta países, no desporto ainda não aprendeu a contar até dezassete. O resultado são aqueles rostos, dos meninos de dezassete anos mais velhos do mundo.
Mandam cara, ya!
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