Angola prevê atingir 1.436.900 barris de petróleo/dia em 2020

Angola prevê atingir 1.436.900 barris de petróleo/dia em 2020

Aprovado o novo modelo de organização do sector, tendo sido criada a Agência Nacional de Petróleo e Gás como concessionária nacional, deixando a Sonangol e também o Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo de exercer essa função, com vista a regular, fiscalizar e controlar as actividades relacionadas com os derivados do petróleo.

De acordo com o Presidente João Lourenço foi aprovada a estratégia geral de atribuição das concessões petrolíferas para o período de 2019-2025 e iniciada, no passado mês de Agosto do ano em curso, a implementação do Programa de Licitações previsto para o ano de 2019.

Por outro lado, foi aberto concurso público para a construção da refinaria do Soyo, para além dos projectos já aprovados em 2018 relativos à modernização e optimização da refinaria de Luanda, que vai quadriplicar a sua capacidade actual de produção de refinados já a partir de 2021, e a construção das refinarias do Lobito e de Cabinda. “Recentemente, foi iniciado o projecto para o transporte de gás associado de Cabinda até à central de Ciclo Combinado do Soyo, estando em desenvolvimento o projecto para a conclusão da construção do terminal para a grande armazenagem de derivados de petróleo na Barra do Dande, para o reforço da capacidade de stockagem no Leste do país”, disse.

Segundo João Lourenço, com a liberalização do sector dos derivados do petróleo, abriu-se um espaço para que mais operadores desenvolvam a actividade de logística, distribuição e comercialização de refinados. “A refinaria de Luanda vai quadriplicar a sua capacidade actual de produção de refinados já a partir de 2021, ao que se junta a construção das refinarias do Lobito e de Cabinda” Para o economista Francisco Silvestre, a meta de atingir os 436.900 barris de petróleo /dia em 2020 é animadora. No entanto, distrai o investimento que deve ser feito em outras áreas como é o caso do sector agrícola.

No seu entender, os números apresentados prevêm um crescimento no sector, que poderá aumentar os investimentos no país, e gerar equilíbrio nas receitas fiscais e o crescimento económico. “É preciso não ficar focado na produção e aumento de petróleo e no aumento da produção, mas sim apostar em outros sectores, de modo a diversificar a economia no país, apostar na industrialização, agricultura e outros sectores”, alerta o especialista.