Concerto: Carnaval da Orquestra Sinfónica na Casa da Música em tom “divertido”

Concerto: Carnaval da Orquestra Sinfónica na Casa da Música em tom “divertido”

O concerto de Carnaval da Orquestra Sinfónica do Porto na Casa da Música, no Porto, vai decorrer hoje com obras “divertidas” e que remetem para histórias e personagens de fantasia, segundo a instituição. Marcado para às 18 horas, na Sala Suggia, o concerto em que a Sinfónica será dirigida pelo maestro britânico Martin André segue o repto “sempre muito divertido” com que costumam decorrer, desde pela “preocupação na escolha do programa”, com obras bemhumoradas e que remetem para um imaginário fantasioso. Por outro lado, tanto músicos como público “aparecem mascarados no concerto, de forma informal, muitas vezes no imaginário que as próprias obras despertam”, explicou à Lusa o coordenador do agrupamento residente da Casa da Música, Rui Pereira.

O programa abre com uma fanfarra do bailado “La Péri”, de Paul Dukas, abrindo um programa sobretudo francês, devido ao Ano França na Casa, e inspirado “em bailados e óperas, peças do teatro musical, todas com diversos personagens”. “É todo um programa feito de obras relativamente breves, sobretudo danças, fanfarras, obras com pendor mais divertido, em tom heroico e épico, que nos remetem para um universo de personagens”, acrescentou Rui Pereira. Um desses imaginários pertence “aos cabarés de Paris”, com um ‘can-can’ saído de “Gaité Parisienne”, de Jacques Off enbach, com que o concerto encerra, numa primeira parte que inclui ainda peças de Jean Baptiste Lully e Emmanuel Chabrier. Na primeira parte, e depois de “La Péri”, há partes de “Sylvia”, um bailado de Léo Delibes, antes do “Bacanal” que traz para o palco Sansão e Dalila, protagonistas da ópera de Camille Saint-Saens.

Depois, o Carnaval da Sinfónica passa também pela “memória de Mickey Mouse” com “O aprendiz de feiticeiro”, obra célebre de Paul Dukas pelo fi lme “Fantasia”, da Disney. Se em “La Péri”, bailado de um acto de 1912, as personagens evocadas passam por Alexandre O Grande e um encontro com uma criatura mitológica com asas, “Sylvia”, de Delibes, passa-se num cenário mitológico inspirado numa peça do século XVI de Tasso, “Aminta. “Le Bourgeois gentilhomme”, uma comédia-bailado que se aproxima do teatro musical, foi escrita por Molière, com a música de Jean-Baptiste Lully a acrescentar força a esta paródia da ascensão social da burguesia e crítica à aristocracia. Por seu lado, “Le roi malgré lui”, outro trabalho cómico, é uma ópera de Emmanuel Chabrier que segue a experiência de um francês eleito pelo povo como rei dos polacos.