Fábrica de confecções vira-se à produção de máscaras de pano

Fábrica de confecções vira-se à produção de máscaras de pano

A iniciativa da Palm Confecções Angola, que prevê uma produção diária de 400 mil
máscaras de tecidos de pano surge para fazer face à prevenção da pandemia Covid 19.
Além disso, alfaiates nacionais também juntam-se à causa

Por:Brenda Sambo

Localizada em Viana, no quilómetro 30, a fábrica Palm Confecção Angola, que se dedica ao fabrico de todo o tipo de uniformes, fardas, entre outros, coloca agora à disposição do mercado máscaras feitas com tecido de panos para fazer face à pandemia da Covid 19 que assola o mundo e em particular o nosso país. A informação foi antecipada em exclusivo a OPAÍS pelo gestor comercial da fábrica, Bruno Quartim. Segundo o responsável, a iniciativa da Palm Confecções Angola, que já começou a produzir, foi aprovada, recentemente, pelo o Ministério da Saúde. “Tivemos a autorização, há poucos dias, do Ministério da Saúde e já demos início à produção”, adiantou.

Quanto ao material, salientou que os tecidos e os materiais utilizados para a produção das máscaras de pano são de alta qualidade e mais económicos. Adiantou ainda que as referidas máscaras podem ser usadas duas vezes depois de serem devidamente lavadas e passar por ferro de engomar o que ajuda a matar as bactérias. Com uma capacidade para produzir mais de 200 mil peças por dia desde uniformes, batas e lençóis hospitalares e outros, a Palm Confecções Angola , está a produzir um total de 400 mil peças de máscaras protectoras por dia. Referiu ainda que a aderência tem sido boa ao nível do mercado nacional por isso, a empresa perspectiva aumentar os niveis de produção nos próximos dias.

Bruno Quartim disse que a grande dificuldade consiste na aquisição da matéria-prima, tendo em conta a situação que o país vive. A fabrica conta com 100 trabalhadores, dos quais 40% são jovens portadores de deficiência, mulheres viúvas e antigos combatentes. Existente no mercado nacional há mais de 11 anos, tem como os principais clientes os colégios, instituições de saúde desde hospitais, centro médicos, empresas de segurança, Governo e também algumas empresas que prestam serviços hoteleiros.

Alfaiates não ficam de fora

Além da Palm Confecções Angola, quem também teve a ideia de produzir as máscaras de pano feitas com tecido africano é a costureira Joaquina Alberto. A jovem de 27 anos, produz diariamente um total de 30 máscaras. Joaquina Alberto conta ainda que começou a produzir máscaras com tecido de pano africano para ajudar as populações do seu bairro, uma vez que a máscara convencional é comercializada no valor de 400 Kwanzas.

A jovem que vende logo à entrada do mercado da Boa Esperança na Sapú II comercializa a cada máscara no valor de 250 Kwanzas. Os principais clientes são as vendedeiras e os clientes que diariamente frequentam aquele mercado. “O país está a passar por uma fase muito difícil, devemos todos contribuir para acabarmos com essa pandemia”, disse a jovem. A nossa entrevistada revelou que as vendas reduziram, tendo em conta a pouca frequência dos clientes no mercado. Além disso, queixou- se também da subida de alguns materiais principalmente, elástico que usa para assegurar as máscaras, tendo subido de 50 para 200 Kwanzas o rolo.