Empresas de Marketing e Publicidade registam queda de 60% e querem isenção ao fisco de três meses

Empresas de Marketing e Publicidade registam queda de 60% e querem isenção ao fisco de três meses

O presidente da Associação Angolana das Empresas de Publicidade e Marketing (APM),Nuno Fernandes, referiu que foi enviada uma carta ao grupo técnico empresarial para fazer chegar as referidas preocupações ao Executivo, de modo a rever o estado actual das empresas do sector. “Estamos a propor a revisão do pacote fiscal que existe com a criação de uma moratória com um percentual que fosse possível ser absorvido pelas empresas, que as mesmas continuassem a pagar as contribuições de forma parcelar”, explicou. Nuno Fernandes lembrou que tendo em conta o estado de emergência no país, as empresas estão paralisadas e com uma retracção grande no mercado, ressaltando que a facturação das empresas desceu na sua maioria 60 a 70 %.

“Todos os dias assistimos a quebra de contratos e diminuição acentuada do volume de trabalho. Por outo lado, empresas não possuem condições para pagar salários e contribuições fiscais. Recomendemos que se estabeleça uma moratória ao pagamento de imposto por um período inicial de três meses à imagem do que os outros governos já fizeram”, salientou.

Segundo o responsável, no geral, as empresas um pouco à imagem do que se verifica em todo o país estão a ressentir-se por causa da retracção do mercado resultante do quadro criado pela pandemia da Covid-19, pelas medidas assumidas pelo governo no combate e também situação económico-financeira que de há seis anos a todos atinge. “Estamos em emergência nacional, cabendo a todos um papel de relevante importância social e devemos seguir as orientações governamentais.

É nosso entendimento que ao Estado cabe proteger os cidadãos e as organizações que dão suporte e são garantia de empregos e o pagamento de contribuições fiscais”, disse. Nuno Fernandes comparou Angola e outros países em que as empresas que registaram uma quebra acentuada de pelo menos 40% de facturação por referência ao mês anterior vão poder aceder ao lay off simplificado, ou seja o trabalhador é renumerado com 66% do seu salário base.

Deste valor, a empresa empregadora paga 30% de segurança social e assume o restante 70%. Na sua opinião, o executivo estaria à salvaguarda de muitas empresas, empregos e uma garantia de estabilidade social . “Pretendemos que a banca financie o pagamento de salários durante o período de crise a uma taxa até 7,5% para não endividar mais as empresas”, apela.

A APM têm sido um parceiro ativo do Estado no combate â pandemia da Covid-19 .Neste momento, a associação congrega mais de 57 associados, pequenas e médias empresas entre elas agências de publicidade, empresas de media exterior ( exploração de outdoor ), produtoras gráficas e de áudiovisual, empresas de comunicação institucional e relações públicas e empresas de estudo de mercados e monitorização de meios. Todos os dias assistimos à quebra de contratos e à diminuição acentuada do volume de trabalho.

Em que condições estão essas empresas para fazer frente a salários e contribuições fiscais. Recomendemos que se estabeleça uma moratória ao pagamento dos impostos por um período inicial de trêsmeses à imagem do que os outros governos já fizeram . Muitas dessas empresas têm cedido, sem cobranças de valores, espaços publicitários para a comunicação governamental sobre o combate à Covid-19 numa atitude de elevada responsabilidade e sentido de solidariedade.