Destaque da semana: O CPM decidiu manter inalterada a Taxa de BNA em 16,5%.

O comité de Política Monetária (CPM) do Banco Central decidiu manter a Taxa BNA em 16,5%, o coefi ciente das reservas obrigatórias em moeda nacional e estrangeira em 17% e 15%, respectivamente.

Espaço Angola

Adicionalmente, o CPM decidiu manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 0%. A decisão do BNA foi suportada pela desaceleração da taxa de inflação, que durante o mês de Agosto atingiu 18,56%, em termos homólogo, tal como, a redução da Base Monetária em moeda nacional, em 2,45%, na comparação homóloga.

A conta de bens registou um superavit de 2,27 mil milhões USD no mês de Agosto. As trocas comerciais entre o país e o resto do mundo, realizadas durante o mês de Agosto, resultou num saldo superavitário de 2,27 mil milhões USD, um incremento de 16% face ao mês anterior.

O aumento do montante arrecadado com as exportações em 9%, impulsionado pela expansão do preço do petróleo nos mercados internacionais, associado a redução das importações, impulsionaram o desempenho do saldo da conta de bens.

Destaca-se que segundo a nota do BNA, as importações durante o período em análise atingiram 1,3 mil milhões USD, sendo que 327 milhões USD destinaram-se a compra de bens alimentares, 276,59 milhões a compras de máquinas e 175,12 milhões USD a aquisição de combustíveis.

O Indicador de Clima Económico (ICE) referente ao segundo trimestre de 2018 atingiu -15 pontos. O ICE apurado no segundo trimestre de 2018 continuou em terreno negativo, o que reflecte os receios dos investidores sobre a evolução da economia no curto prazo, face à actual conjuntura macro e micro-económica do país, marcada por incertezas com a introdução de mecanismos legais que poderão alterar o paradigma dos mercados.

O indicador de conjuntura que registou ligeira melhoria no trimestre anterior, ao passar de -15 para -14 pontos, voltou a reduziu para o nível do último trimestre de 2017. A implementação de um conjunto de medidas poderão contribuir para a inversão das expectativas do empresariado nacional.

Espaço Internacional

EUA

O aumento do Índice de Confiança dos Consumidores em 2,75% ao situar-se em 138,4 pontos, no mês de Setembro, o máximo dos últimos 18 anos, poderá reflectir a robustez do mercado de trabalho aliada ao desempenho positivo da economia. Destaca-se que a tendência ascendente do consumo poderá suportar o crescimento do PIB dos EUA e fortalecer o dólar, o que poderá valorizar as exportações angolanas de crude, mas também tornar mais oneroso o serviço de dívida.

A Reserva Federal (Fed) norteamericana decidiu elevar a taxas de juro de referência par 2,25%. A justifi car a decisão da Fed está o desempenho positivo do mercado laboral e a variação dos níveis de preços, que se mantém próximo da meta de 2%. Por outro lado, a Reserva Federal prevê que a economia deverá continuar a crescer de forma sustentável, o que permitirá aumentos graduais das taxas de juro, estimando-se mais 5 aumentos até 2020.

Importa ressaltar que o incremento da taxa de juro pela Reserva Federal (Fed) deverá aumentar o fluxo de capital para os EUA, devido ao facto de oferecerem maior rentabilidade, e fortalecer o dólar em relação às demais moedas, como o kwanza. Por outro lado, um dólar mais forte tende a condicionar a procura de crude, o principal produto de exportação angolano.

Alemanha

A taxa de inflação homóloga referente ao mês de Setembro aumentou 0,3 p.p., ao variar 2,3%. A contribuir para a evolução dos níveis de preços está o aumento nos preços de energia, alimentos e renda em 7,7%, 2,8% e 1,5%, que corresponde a uma variação de 0,3 p.p., 0,8 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente.

O aumento do Índice de Preços do Consumidor (IPC) poderá se reflectir no incremento dos preços de alguns produtos oriundos da Alemanha. Destaca-se que o país da Zona Euro afigura-se como um dos principais parceiros comerciais de Angola.