O projecto visa divulgar o património nacional angolano através da valorização das colecções do Museu Nacional de Antropologia, bem como o restauro e preservação da referida colecção, constituída por mais de 6 mil peças
POR: Augusto Nunes
Um conjunto de acções, visando divulgar o património nacional angolano através da valorização das colecções do Museu Nacional de Antropologia, será hoje apresentado em conferência de imprensa, pela Embaixada da República Federal da Alemanha e da França em Angola , por via da Alliance Française, em parceria com o Ministério da Cultura. O projecto, inserido no Ano Europeu do Património, coordenado pela Comissão Europeia, visa aperfeiçoar a concepção das exposições, de modo a dar maior visibilidade e acessibilidade ao museu, bem como o restauro e preservação da referida colecção, constituída por mais de 6 mil peças de elevado valor histórico.
Ainda no âmbito deste projecto, os peritos alemães do Museu de Berlim vão ministrar uma formação sobre “Novas abordagens às colecções antropológicas” para as equipas do Museu da Antropologia de Luanda e de outros museus angolanos instalados na capital angolana, para que a concepção das suas exposições sejam aprofundadas, sobretudo na linha pedagógica. Segundo a organização, serão ainda elaboradas fichas pedagógicas para os visitantes com foco especial na juventude, particularmente os estudantes universitários.
A par disso, peritos franceses da Organização “Patrimoine Sans Frontières” procederão à digitalização de mais de 100 peças das colecções oriundas de todos os grupos etnolinguísticos angolanos. Também será criado um website e uma fan page no Facebook, que além de potenciar a visibilidade do museu, permitirão consultar parte do acervo via online.
Acção formativa
Segundo os peritos, alguns funcionários do Museu Nacional de Antropologia terão aulas intensivas de alemão e de francês para facilitar a comunicação com os peritos dos três países. Além das acções formativas, os peritos pretendem realizar uma série de iniciativas, entre as quais conferências, debates, mostras e concertos. A intenção é fortalecer o Museu Nacional de Antropologia na linha de um espaço fundamental na transmissão e valorização do património cultural angolano, ponto de intercâmbio e de diálogo entre alunos, estudantes, historiadores, cientistas e ponto de referência para os turistas nacionais e estrangeiros.