A fadista portuguesa Mariza é a vencedora do Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura 2018, pelo “seu trabalho a favor do fomento das relações entre Portugal e Espanha”, anunciou Segunda-feira o Ministério da Cultura de Portugal
júri do prémio, reunido na última Segunda-feira, no ministério da Cultura e Desporto de Espanha, em Madrid, “decidiu atribuir, por unanimidade, o Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura 2018 à cantora portuguesa Mariza”, lê-se num comunicado divulgado no dia pelo Ministério da Cultura português, no qual é referido que a ministra portuguesa da Cultura, Graça Fonseca, “já felicitou Mariza por esta distinção”.
O prémio, atribuído pelos governos de Portugal e de Espanha, no valor de 75 mil euros, reconhece a obra de um criador no âmbito da arte e da Cultura, que fomente a comunicação e cooperação cultural entre os dois países.
O júri, lê-se no comunicado, considerou que o trabalho de Mariza “a favor do fomento das relações entre Portugal e Espanha é visível na sua participação no filme ‘Fados’, do realizador espanhol Carlos Saura, nos numerosos concertos que, desde 2008, dá em vários locais de Espanha, assim como nos duos que interpreta com reconhecidos cantores como Miguel Poveda, Tito Paris, Concha Buika ou Sergio Dalma, uma fusão bemsucedida de ritmos que contribuem para derrubar fronteiras e aproximar públicos”.
Este ano, o júri do prémio foi constituído pelos portugueses João Fernandes (subdirector do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía), Pedro Serra (professor do Departamento de Filologia Moderna da Universidade de Salamanca) e João Luís Carrilho da Graça (arquitecto) e pelos espanhóis Ana Santos (directora da Biblioteca Nacional da Espanha), Juan Cruz (jornalista e escritor) e Adriana Moscoso (directora-geral das Indústrias Culturais e de Cooperação de Espanha).
O Prémio Luso-Espanhol de Arte e Cultura, de caráter bienal, foi criado em 2006 pelos governos de Portugal e Espanha para reconhecer o trabalho de um autor ou entidade que “tenha contribuído significativamente para o reforço dos laços entre os dois Estados e para um maior conhecimento recíproco da criação ou do pensamento”. Nas edições anteriores foram distinguidos, a jornalista Pilar del Río, o escritor e tradutor José Bento, o professor Perfecto Cuadrado, o arquitecto Álvaro Siza, o realizador Carlos Saura e a escritora Lídia Jorge. Fonte: Diário de Notícias
