A empresa, implantada no mercado nacional há mais de 20 anos, tem como actividade principal a produção e exportação de bens agrícolas e emprega cerca de quatro mil trabalhadores, dos quais 20 são estrangeiros. O presidente do Conselho de Administração do Grupo Boavida, Tomas Dowbor, que não revelou o valor do investimento nem a quantidade de produtos exportados neste ano, referiu que a crise financeira que o país atravessa, desde 2014, permitiu ao grupo empresarial diversificar a sua actividade, expandindo o seu negócio para a exploração e exportação de mármores e granitos de Angola para a Europa.
“Depois de quarenta anos que Angola não exporta o minério de ferro, o Grupo Boavida exportou pela primeira vez neste ano este minério a partir da província do Namibe para a Europa”, sublinhou. A par do Grupo Boavida, a empresa Carnes Valinho, com um capital investido de mais de 50 milhões de dólares, foi a vencedora do Prémio Melhor Investimento Directo Estrangeiro. A empresa, focada na transformação e no fornecimento da carne de porco e vaca, como mortadela, salsicha e chouriço, é a única no país que se dedica a esta actividade, visando a melhoria da dieta alimentar das famílias, segundo Hélder Espírito Santo, um dos responsáveis da Carnes Valinho.
Face a aproximação da quadra festiva, período em que aumenta a procura por carne no mercado nacional, o responsável afirmou que a empresa está preparada para responder à demanda dos clientes. A Carnes Valinho, situada no município de Cacuaco, em Luanda, emprega 180 trabalhadores, dos quais cerca de 160 são nacionais. No sector financeiro, o Standard Bank de Angola, que conta com 600 colaboradores e controla 25 mil clientes, venceu o Prémio Empresa do Ano, enquanto a NCR Angola foi a vencedora do Prémio Empresa do Ano Sector Não Financeiro.
O Prémio Melhor Programa de Desenvolvimento do Capital Humano foi atribuído a Unitel, enquanto a Refriango venceu o Prémio Melhor Programa de responsabilidade Social. A TAAG (Linhas Aéreas de Angola) foi a vencedora do Prémio Melhor Relatório de Gestão e Contas. O Banco de Fomento Angola (BFA) arrebatou o Prémio Melhor Relatório de Gestão e Contas Sector Financeiro. Para o Prémio Empreendedor do Ano venceram quatro individualidades, nomeadamente, Adérito Areias (Complexo Agro-pecuário Caviombo) e Erickson Mvezi, Patrice Francisco e Wilson Ganga, que são da empresa Tupuca, dedicada a distribuição de refeições aos clientes que estiverem em qualquer ponto da cidade de Luanda.
Por último, o Prémio Gestor do Ano foi atribuído a dois empresários: Arnaldo Lago de Carvalho, da empresa Octomar, e Coutinho Nobre Miguel, presidente do Conselho de Administração do Banco Sol. Durante a gala de premiação, a Deloitte também dedicou uma homenagem e entregou um prémio à Selecção Angolana de Futebol Adaptado, pela conquista do Campeonato do Mundo, que decorreu este mês no México. A gala de entrega de prémios aos vencedores da 8ª edição dos “Prémios Sirius”, promovida pela empresa inglesa de consultoria Deloitte, foi testemunhada por governantes e empresários, entre outras individualidades.