O titular da pasta da Agricultura e Florestas, efectuou, durante três dias, uma jornada de trabalho à província de Malanje, percorreu uma série de fazendas implantadas nos municípios de Cacuso, Kiwaba Nzoji, Kahombo, Kangandala e Kalandula, auscultou empresários e camponeses, bem como inteirou-se sobre o estado da situação de cada uma delas
Por: Miguel José, em Malanje
O ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, exortou, nesta Sexta-feira, na cidade de Malanje, o empresariado em Angola a investir na produção de cereais, para ajudar a promover a pecuária, particularmente, a avicultura e a suinicultura, como forma mais rápida e fácil da resolução da proteína animal para as populações.
Na interacção que o ministro Nhunga manteve com os empresários, pese embora estes terem enumerado um conjunto de dificuldades, projectou um ano agrícola 2018/2019 proveitoso, se contar com a regularidade das chuvas. Disse que a sua instância ministerial vai trabalhar no sentido de proporcionar as condições de produção das culturas básicas que constam na dieta alimentar (mandioca, batata-doce, inhame, milho, arroz, soja e feijão) da população. “Achamos que Angola já devia alcançar a auto-suficiência alimentar”, disse.
Entretanto, o ministro além de apelar ao engajamento de todos os actores que se dedicam à actividade agrícola, na região planáltica de Malanje, na perspectiva de atingirem índices de produção para a exportação que possibilitem a captação de divisas para o país, chamou à atenção da necessidade de criação de incentivos, acima daqueles até aqui criados.
“Já fizemos um trabalho que, de certa forma, diminuiu os custos de produção. Agora estamos a propor ao Executivo no sentido de vermos a questão dos combustíveis e, pouco a pouco, vamos lutando para a estrutura de custo de produção a nível da nossa agricultura possa baixar e torná-la mais competitiva”, sublinhou.
Aposta na produção agro-industrial Na senda do périplo do titular ministerial da Agricultura e Florestas, ressaltou a Fazenda Lukyman, no município de Kaombo, que, dentre as outras revelou maior capacidade de investimento. Assim, o seu presidente executivo, Paulo Xiong, declarou que USD 28 milhões foram investidos para a produção e transformação da mandioca em fuba e produção de frutas em grande escala.
Também com vista a diversificar a produção de culturas alimentares e animais, nos próximos anos prevê atingir investimentos na ordem de USD 200 milhões. Referiu que, fruto do investimento, a produção de grande quantidade de milho, peixe e animais, tem objectivo de competir com fazendas nacionais de grande porte e, se calhar, de África.
A funcionar ainda em regime experimental, adiantou que está em plantio 3 mil hectares de mandioca e 800 de arroz, mas a partir de 2019, vai elevar a fasquia de produção com a criação de 400 mil suínos, com perspectiva de produzir chouriço e salsicha.
Ora, além de constar a intenção de, futuramente, produzir 48 toneladas de carne por dia, também prevê reproduzir peixes em viveiros, visando variar a dieta alimentar das famílias. Portanto, o empreendimento agro-industrial de iniciativa privada, com mais de dois anos de existência, ocupa uma área de 100 mil hectares, deriva da parceria entre empresários chineses e angolanos para produz frutas como maracujá, goiaba, melancia, banana, laranja, etc..