O processo de privatização das Linhas Áreas de Angola (TAAG) será feito de forma paulatina, passando primeiro pela criação de condições adequadas e atractivas ao investimento privado, considerou na Sexta-feira, em Luanda, o presidente da Comissão Executiva da companhia angolana, Rui Carreira
em declarações à imprensa, após o acto de tomada de posse dos membros do novo Conselho de Administração da TAAG, orientado pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, o gestor apontou que a transformação da companhia visa torná-la numa empresa mais competitiva, que prime pela excelência dos seus serviços como “palavra-chave” da nova gestão.
Afirmou que a nova administração vai procurar dar maior atenção aos seus clientes, visando enquadrar as vertentes comerciais, financeira e operacional no contexto em que a TAAG “não terá mais o apoio do Estado”.
A transformação da TAAG de empresa pública para Sociedade Anónima (SA) resulta de um Decreto Presidencial, assinado em Setembro último pelo Presidente da República, João Lourenço, que na ocasião exonerou a antiga gestão da companhia.
Na cerimónia de Sexta, tomaram posse Hélder Preza – presidente do Conselho de Administração Não Executivo, Rui Carreira – preside te da Comissão Executiva e Eulália Maria Cardoso Policarpo Bravo da Rosa – administradora executiva.
Tomaram igualmente posse Luís Ferreira de Almeida, administrador executivo, Hugo Alberto Pinto dos Santos Amaral, administrador executivo e Fernando Alberto da Cruz, administrador executivo. Américo Borges, administrador executivo, Arlindo de Sousa e Silva, administrador Não Executivo, Mário Jorge da Silva Neto, administrador Não Executivo e Lourenço Manuel Gomes Neto, administrador Não Executivo e José Octávio Serra Van-Dunem, igualmente administrador Não Executivo também tomaram posse.
Ministro diz-se confiante
Na ocasião, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, mostrouse confiante, dada a experiência e conhecimento que os membros da nova gestão possuem nas diferentes áreas da aviação civil e navegação área, para que a TAAG seja uma empresa transparente, profissional e competente na prestação de serviço do transporte aéreo.
“Estamos confiantes que temos uma equipa capaz de iniciar o processo de modernização e relançamento da TAAG, tendo em conta as competências dos quadros deste sector, levando a bom porto a concretização dos objectivos da companhia”, acrescentou. Apelou ao novo conselho para não temer os desafios do mercado, tendo em conta a transformação da TAAG em Sociedade Anónima, pois o sucesso deste novo ciclo passa essencialmente pelo engajamento dos seus accionistas públicos ou privados.
Onze novos aviões A TAAG deverá adquirir, em 2019, onze aviões de médio curso, no âmbito do programa de modernização da companhia, além de aeronaves de última geração do tipo Boeing 787, para as rotas de longo curso.
Segundo o presidente da comissão executiva da TAAG, Rui Carreira, o maior projecto da companhia angolana de bandeira passa pela substituição da sua frota, com estas novas aquisições, para os voos de médio curso, visando a conquista do mercado africano.
De 1973 aos dias de hoje, a companhia angolana passou de Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada (SARL) à Unidade Económica Estatal (UEE), e dos jactos, aos Boeings 737, depois aos B-707, atingiu os triple seven e actualmente prepara-se para adquirir o 787, o famoso “Dreamliner” de longo curso, no momento de transformação da empresa.