Carta do leitor: Mais patrulhamento na Samba…

Carta do leitor: Mais patrulhamento na Samba…

Caro director do jornal O PAÍS, muito obrigado pela oportunidade que me dá nesta edição de Quarta-feira. Escrevo para dizer que as acções de roubo e violência na Samba, em Luanda continuam a aumentar.

POR: Kassumbe Wafia Chiri

Deste modo, peço à Polícia Nacional para assumir uma postura mais actuante na zona, porque os assaltos têm acontecido à luz do dia. Os meliantes, pela forma como actuam, apanharam, como se diz na gíria, a pata dos agentes. Tudo porque, eles vêem a forma como os agentes circulam.

Depois de se ausentarem um pouco, lá eles aparecem e fazem aquilo que os brasileiros chamam de arrastão. As meninas têm medo de circular na zona da Camixiba, e eles fazem e desfazem, porque sabem que a polícia nunca reage. O patrulhamento tem sido escasso, penso que o número do efectivo é inversamente proporcional às acções que acontecem em simultâneo.

Por isso, gostaria que houvesse mais patrulhamento dentro e fora do bairro, para os marginais ficarem mais quietos. Eles precisam de ter medo da polícia. A falta de energia eléctrica também contribui para a “festa” dos bandidos lá no bairro. Na Mabunda, conhecido local de compra de peixe, o cenário é o mesmo. Muito cedo, ameaçam os cidadãos com armas de fogo.

Pedem dinheiro, e caso ofereçam resistência é porrada, e quiçá a famosa morte. Porque eles não respeitam a vida alheia. Peço às altas chefias da Polícia para melhorarem o quadro social dos agentes, porque quando eles chegam ao terreno, levam o marginal à esquadra, mas às tantas chega o suborno, e lá o bandido está solto, pronto para voltar à vida do crime.

Assim, a bandidagem vai continuar numa boa, porque à socapa pedem dinheiro, e os polícias alegam que ganham muito mal. O novo Comandante Geral, Panda, está a trabalhar, aliás reconheço competência no senhor, mas gostaria que ele analisasse as condições sociais do agentes. Nesta nova era da governação, tudo está à favor daqueles que querem servir o público sem olhar para os fantasmas do passado, porque somos todos angolanos.